Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 11 de dezembro de 2021

Pelourinhos 31 - Cascais e Cela Nova (Coutos de Alcobaça)

 * Victor Nogueira 



2012 12 11 Fotos victor nogueira - Pelourinhos de Cascais e de Cela Nova (Coutos de Alcobaça)

Sobre o pelourinho de Cascais nada encontrei. Existe um junto á baía, nas cercanias da Doca da Pesca. Encontrei o que me parece ser uma outra picota nas cercanias da Igreja da Misericórdia e dum troço remanescente das antigas muralhas da vila, 

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«Cela era uma das catorze vilas dos antigos Coutos de Alcobaça, tendo recebido forais dos Abades deste cenóbio em 1286, e novamente em 1324 (este dado pelo Frei D. Martinho II). 

Teve foral novo de D. Manuel, em 1514, onde é referida como Cella Nova , para a distinguir de Cela Velha, possivelmente a anterior sede concelhia. O seu pelourinho, que ainda hoje se levanta no largo da Igreja Matriz, terá sido construído na sequência do foral manuelino.

O pelourinho possui plataforma de três degraus circulares, de aresta, sendo o térreo consideravelmente mais alto que os superiores. Nele assenta a coluna, sobre base gótica oitavada, moldurada e de arestas nervuradas, adelgaçando no topo para se levantar num fuste cilíndrico e liso. Este é encimado por capitel de cesto hexagonal, decorado com florões quadrifólios, e ábaco hexagonal moldurado. O remate é em pinha de grandes dimensões, com o topo alongando-se em pirâmide de secção quadrada; as faces desta encontram-se lavradas com relevos, incluindo uma esfera armilar (símbolo pessoal de D. Manuel) e um escudo nacional coroado.» (SML – DGPC)


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