Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Pelourinhos 29 / Municípios 13 - Bragança

 

* Victor Nogueira 


Fotos Victor Nogueira e selo postal - Bragança - Domus Municipalis, castelo e pelourinho


Emissão filatélica 2001 - Pelourinhos de Portugal


«Pelourinho em granito assente numa plataforma poligonal de quatro degraus sobre a qual se dispõe um berrão (a porca da vila) em cujo dorso está colocado o fuste liso, cilíndrico, com cerca de 6,40 metros de altura, encimado por um capitel com cruz de braços iguais. Os topos da cruz estão decorados com elementos românicos (carrancas representando uma figura humana, uma ave, um cão e motivos vegetalistas) de onde pendem argolas.» (in https://www.e-cultura.pt//patrimonio_item/3169)

Domus Municipalis de Bragança - «Um dos mais importantes testemunhos da arquitetura civil do Portugal medieval é a Domus Municipalis de Bragança. Construção de características únicas em toda a Península Ibérica, esta "Câmara Municipal" é, de acordo com a tese do historiador de arte Carlos Alberto Ferreira de Almeida, um edifício dos finais do século XIII.

Símbolo de poder do municipalismo português, a Domus Municipalis bragantina apresenta uma planta de forma pentagonal, com um traçado que se inscreve no âmbito da arquitetura românica. O telhado, de cinco águas, é sustentado sobre uma cornija que assenta em modilhões historiados, motivos que se repetem no interior da construção. A iluminação do edifício é estabelecida por uma série de janelas em forma de arco abatido, que corre em contínuo ao longo da parte superior das cinco paredes de alvenaria do monumento. A moldura das janelas é lisa, com exceção das sete aberturas do lado poente, apresentando estas arquivoltas baixos-relevos em forma de estrela.

Interiormente, o espaço é amplo e unificado, apresentando um pavimento constituído por pedras de granito. Ao longo das paredes corre um comprido e desadornado banco em granito, tendo servido, com toda a probabilidade, para tomarem assento os munícipes que participavam nas reuniões camarárias da cidade de Bragança. A sala do município está assente sobre uma ampla cisterna, ocupando todo o piso inferior, e é coberta por uma poderosa abóbada de canhão.» (in Porto Editora – Domus Municipalis de Bragança na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora)

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