Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

liceu salvador correia, em luanda


foto in https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1266374913388596&set=gm.914367941933957&type=3&theater


Foto  © J.C. Pinheira
in https://www.facebook.com/AngolaNoTempoDoKaparandanda/photos/a.611823688870848.1073741879.501667793219772/912570315462849/?type=3&theater


Foto  © J.C. Pinheira
in https://www.facebook.com/AngolaNoTempoDoKaparandanda/photos/a.611823688870848.1073741879.501667793219772/915494588503755/?type=3&theater


Foto  © J.C. Pinheira
in https://www.facebook.com/AngolaNoTempoDoKaparandanda/photos/a.611823688870848.1073741879.501667793219772/916599011726646/?type=3&theater

foto in https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1266377363388351&set=gm.914367941933957&type=3&theater

terça-feira, 17 de novembro de 2015

homem e cão á beira-mar e ao pôr-do-sol








fotos victor nogueira - homem e cão á beira-mar e ao pôr-do-sol - o fim do dia está ameno e o areal praticamente deserto. As ondas encapeladas desfazem-se em branca espuma, pacificamente no areal ou espargindo-se contra os rochedos. Sigo com a câmara fotográfica o deambular dum homem com o seu cão ao longo da praia

terça-feira, 3 de novembro de 2015

mindelo 1973 e 1976

* Victor Nogueira

1974.01




Mindelo - 1974 - Celeste (+), Victor, Zé Barroso (+), Maria Emília (+), Zé Luís (+), António (+), Maria Luísa, Esperança (+) - Foto Manuel N S (+)

1976


Maria Emília (+), Manuel (+), Senhora Conceição (+), Isabel, Zé Luís CF (+), Zé Barroso (+), Zé Luís NS (+), Teresa, Carlos, Alexandrina (foto Victor Nogueira)

por ocasião do falecimento do meu
 avô Barroso (a Celeste, grávida da Susana, ficara em Évora. A Isabel está grávida do João)

ELEGIA PELA MINHA FAMÍLIA DISPERSA


Meu avô António Barroso
primo de Bispo
de S. Salvador do Congo e do Porto,
(a quem puxaram as barbas nos alvores da República)
filho de lavradores abastados de Barcelos
casado jovem
             guarda livros num banco
passando  noites somando
                   intermináveis colunas de cifras
                   e o dinheiro que faltava para tantos filhos.
Meu avô,  quando jovem, tinha nas fotografias
                   um ar austero e severo
                   sempre de preto
                   viúvo.
Meu avô,  já idoso
                   um ar jovem e sereno
                   um sorriso moço e tímido
                   uma fala mansa
                   um gesto amigo.
(…)

Meu avô António viveu sempre na Rua dos Bragas
Meu avô que mandou fazer uma casa no Mindelo
                  perto da praia e de Vila do Conde
                  com um quarto para o neto quando o fosse visitar
                  a casa fechada e abandonada
                  porque morreu em tempo de Páscoa.
(…)

Meu avô Barroso católico ferrenho
                                apóstolo ingénuo
                                mas que depois de Abril aceitava os comunistas.
(...)

85.11.13 Setúbal


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

domingo, 1 de novembro de 2015

mindelo - floreira outonal no quintal

* Victor Nogueira

Mecânicamente apanhado o milho no campo das trazeiras e adubado este, cresce a gramínea que o reverdece e que será colhida da próxima Primavera, para alimento do gado, e que então dará lugar a nova sementeira de milho (1). Os pássaros debicavam o campo e agora fazem pequenos voos planados e saltitantes em terra ou empoleirados no muro. A laranjeira e a tangerineira foram as novas aquisições, a juntarem-se à oliveira, à borracheira e à palmeira, embora estas duas últimas talvez sejam arrancadas quando atingirem um porte incomodativo. As perpétuas e as margaridas ainda florescem, mas pouco. ao contrário das rosas e dos jarros, que resolveram estes dar um arzão da sua graça. Ah! a salsa pegou ali junto à cozinha e para além das galerias do que presumo sejam doninhas,, um dia destes surgiram cogumelos