Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 6 de abril de 2013

Os arquitectos às voltas com a fotografia

Viagem a Portugal

                 
Começou por ser uma encomenda do Governo de Salazar, mas viria a tornar-se num momento marcante na alteração do paradigma da arquitectura portuguesa a meio do século XX. Olhado agora à distância de meio século, o Inquérito à Arquitectura Regional Portuguesa mostra-se também como um sinal de renovação na história da fotografia portuguesa

Território comum é o título da exposição que reúne uma centena de fotografias do Inquérito à Arquitectura Regional Portuguesa, 1955-57, patente desde quarta-feira, dia 4 de Abril, na galeria da Fundação EDP, no Porto. (Rua de Ofélia Diogo Costa, 46). Trata-se de uma selecção, da responsabilidade de Sérgio Mah, feita a partir das dez mil fotografias realizadas por um colectivo de 18 fotógrafos e arquitectos na segunda metade dos anos 1950, e depois publicadas no livro que se tornaria mítico, “Inquérito à Arquitectura Regional Portuguesa”, editado em 1961.