Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

auto-retratos

* Victor Nogueira








http://br.quizzstar.com/apps/5a12e34a952d94005d47bbd3/questions

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

A Serra do Louro e o Castelo de Palmela no horizonte





foto Victor Nogueira - A Serra do Louro e o Castelo de Palmela no horizonte, vistos de Aferrara. À direita um dos conventos de S. Paulo, na encosta da serra dos Gaiteiros. No castelo distinguem-se da esquerda para a direita o Convento / Pousada (edifício branco), a Igreja de Santiago e a Torre de menagem (a meio), donde se avista uma ampla paisagem em redor, incluindo Lisboa e Setúbal


quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Fortificações 19 - O castelo de Palmela no horizonte

* Victor Nogueira



visto de Alferrara


ao pôr-do-sol, visto do cimo da torre no alto duma encosta, em Setúbal


Visto do Forte de S. Filipe, em Setúbal

VER 

Ao longe, o Castelo de Palmela

Em Alferrara, na Serra dos Gaiteiros

* Victor Nogueira


in  Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa in https://books.google.pt/books?isbn=9722721798

Um dos objectivos, malogrado, era visitar os Conventos de Alferrara, a meia encosta da Serra dos Gaiteiros, cujo acesso estava vedado a meio da tarde. O acesso a Alferrara faz-se pela Estrada das Machadas, ladeada de quintas onde outrora se cultivavam laranjais cujo fruto era também usado na confecção do extinto e afmado doce de laranja de Setúbal, estrada que é um estreito e sinuoso caminho vicinal onde mal cabem dois veículos lado-a-lado

 A Quinta de S. Paulo, propriedade da AMRS  (Associação de Municípios da Região de Setúbal), tem nos dias de hoje uma vertente pedagógica.  Restou-me apenas uma breve perambulação pelo Parque de Merendas da Quinta de S. Paulo, algo degradado, e nova visita à arca-de-água / nascente, hoje seca, do chamado Aqueduto dos Arcos, que outrora abastecia de água a então Vila de Setúbal. O adiantado da hora impediu a visão de Setúbal a partir do cimo da serra.


Parte integrante de uma paisagem cheia de história e envolvida pela imponência e beleza da Arrábida, a Quinta de São Paulo sempre teve uma forte ligação com as localidades vizinhas, nomeadamente Palmela e Setúbal. 

Conhecida pelos seus laranjais onde eram colhidas as famosas Laranjas de São Paulo, a Quinta ficou conhecida pela produção agrícola mas também cultural, associada nomeadamente a manifestações de carácter religioso. 

Situados com uma distância de cerca de 300 m e sensivelmente na mesma elevação da falda da Serra dos Gaiteiros, erguem-se «a noroeste da cidade de Setúbal, na orla do vale verdejante que se estende desde Palmela»(*) e em território já pertencente a este concelho. As razões para a escolha deste lugar de implantação terão sido «a beleza do sítio, a amenidade dos ares, a abundância de água, a abundante vegetação, a fauna e flora paradisíacas e o esplendor de uma desafogada paisagem».
São dois os monumentos em causa:

Antigo Convento de Nossa Senhora da Consolação de Frades da Ordem de São Paulo, de Alferrara 
(vulgo Convento de São Paulo; 1383);

Convento de Nossa Senhora da Conceição dos Frades Franciscanos Capuchos de Alferrara 
(vulgo Convento dos Capuchos de Alferrara; 1578).


(http://quinta.amrs.pt/quintaped.html)






Caminho de acesso aos conventos

Parque de merendas de S. Paulo


 




circuito pedestre (pormenores)










Arca-de água





a cumeada da Serra dos Gaiteiros com um convento a meia encosta



O Castelo de Palmela no horizonte








Setúbal no horizonte










 Google Earth


Estará esta construção na Estrada das Machadas ligada ao Aqueduto ?

fotos em 2017.11.21


AMRS  Publicado a 22/06/2011







VER TAMBÉM




Quinta de S. Paulo e Conventos, em Alferrara (Google Earth)

HISTÓRIA ADMINISTRATIVA/BIOGRÁFICA/FAMILIAR
O Mosteiro de Nossa Senhora da Consolação de Alferrara era masculino, e pertencia à Ordem dos Eremitas de São Paulo, Primeiro Eremita. 

Teve origem em eremitério documentado desde 1385, junto à Fonte Santa e à ermida de Almouquim, nos termos de Alferrara e Palmela. À imitação do eremitério de Barriga, a provença de Alferrara foi objecto da acção reformadora de Mendo Gomes de Seabra, que, de acordo com o testemunho do próprio, datado de 1428, desde cedo a submeteu à "irmandade da Serra de Ossa", reconhecendo a esta o direito de nomear os pobres que a deveriam habitar e visitar, usufruindo o eremitério, por seu lado, dos privilégios outorgados à Serra de Ossa. À data da morte do fundador, o eremitério foi entregue aos cuidados de um outro eremita, o clérigo João Eanes, encarregue por Mendo Seabra de governar as provenças de Alferrara, Mendoliva e Cela Nova, mantendo, contudo, a irmandade com a Serra de Ossa. 

Em 1454, Afonso V confirma a extensão a este eremitério de todos os privilégios da Serra de Ossa. 

Em 1458, pela bula "Speciali gratia", Pio II concedia-lhes a isenção do pagamento da dízima sobre os frutos das herdades da provença. 

Em 1466, consta da lista das casas sujeitas à Serra de Ossa. A este cenóbio seriam anexadas as rendas da casa de Mendoliva, abandonada em 1531 por falta de água, bem como as da Junqueira, em 1645.

Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. 

Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. (in http://digitarq.arquivos.pt/details?id=1441585)