Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 25 de dezembro de 2021

Pelourinhos 45 / Municípios 27 - Rates (S. Pedro de Rates)

 * Victor Nogueira


2021 12 25  Fotos victor nogueira - Rates (S. Pedro de) Pelourinho e Casa da Câmara

«A antiga povoação de São Pedro de Rates estava situada na confluência de vários eixos viários importantes desde o domínio romano, e fazia parte de um itinerário compostelano. Não se lhe conhece foral velho, mas era já concelho no século XIII, tendo recebido foral novo de D. Manuel em 1517. Foi extinto em 1836, e integrado na Póvoa de Varzim. O seu pelourinho, testemunho da passada autonomia, ergue-se ainda na localidade, diante dos antigos edifícios da Casa da Câmara, e junto da capela oitocentista de Nossa Senhora da Praça.

O pelourinho é constituído por um soco de três degraus de secção circular, bastante altos, estando embora o térreo, formado por blocos desconjuntados, parcialmente embutido no pavimento (de lajes de cimento). Os dois degraus superiores são semelhantes a grossas mós, e o último destes serve igualmente de base à coluna, que nele encaixa. Esta tem fuste cilíndrico e liso, cingido a meia altura por um estreito anel em ferro. O capitel é um singelo bloco cilíndrico, encimado por anelete rebordante. O remate consta apenas de um tronco cónico alongado, onde se crava uma pequena cruz em ferro, com longa haste inferior. O conjunto é provavelmente quinhentista.» (SML – DGPC)


O edifício da Casa da Câmara teria sido edificado em 1755, de acordo com uma inscrição pétrea na fachada principal. Remontando ao Império Romano, situada num dos Caminhos de Santiago,  «Rates desenvolveu-se graças ao mosteiro fundado pelo Conde D. Henrique em 1100. É uma paróquia antiga referida no século XI com o título "De Sancto Petro de Ratis".

No início do século XVI, o mosteiro desorganizou-se o que levou a que em 1517 tenha sido extinto e transformado em Comenda da Ordem de Cristo. Não se conhece foral velho, mas era já concelho no século XIII. Em 1517, o rei D. Manuel I renova o foral ao Couto da Vila e ao Mosteiro.»   (Wikipedia)

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