Kant_O_Photomático
Castro Barroso Gato Nogueira - Blog Photographico - lembrança da moça do Alentejo
Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui
“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)
«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973
sábado, 2 de setembro de 2023
Festa do Avante 1988
sexta-feira, 21 de julho de 2023
Santuários 24 - Santa Luzia, em Viana do Castelo
* Victor Nogueira
«O Santuário de Santa Luzia, também referido como Santuário do Monte de Santa Luzia, Basílica de Santa Luzia, Templo de Santa Luzia e Templo do Sagrado Coração de Jesus, localiza-se no alto do monte de Santa Luzia, na freguesia de Santa Maria Maior, na cidade, concelho e distrito de Viana do Castelo, em Portugal. Um dos "ex libris"" da cidade, do seu sítio descortina-se uma vista ímpar da região, que concilia o mar, o rio Lima com o seu vale, e todo o complexo montanhoso envolvente, panorama considerado um dos melhores do mundo segundo a National Geographic.
A Basílica no alto do monte de Santa Luzia foi principiada em 1903, por iniciativa do padre António Martins Carneiro, com projeto do arquiteto Miguel Ventura Terra.
A última etapa da sua construção, sob a direção do arquiteto Miguel Nogueira Júnior a partir de 1925, é considerada como inspirada na Basílica de Sacré Cœur, em Paris. Os trabalhos de cantaria em granito são de responsabilidade do mestre canteiro, Emídio Pereira Lima.
Aberto ao culto em 1926, os trabalhos estenderam-se até 1943.
Desde 1923 o santuário é servido pelo Elevador de Santa Luzia.
O santuário compreende ainda o "Núcleo Museológico do Templo-Monumento de Santa Luzia", constituído por uma sala na parte inferior da basílica. O acervo é constituído por talha, imagens, azulejos, e outros.»
(https://www.waymarking.com/waymarks/WMDDKY_Santurio_de_Santa_Luzia_Viana_do_Castelo_Portugal)
quinta-feira, 20 de julho de 2023
Paço de Arcos em fotos de capa (2023)
* Victor Nogueira
2023 07 20 Foto victor nogueira - Rua Fonte de Maio, em Paço de Arcos, troço da antiga Estrada de Paço de Arcos que ligava esta vila a Porto Salvo. A meio e à direita vislumbram-se as traseiras e a varanda da cozinha da vivenda onde habitava a minha tia avó Esperança, na Avenida Conde S. Januário.
terça-feira, 11 de julho de 2023
Pontes (41) - Paço de Arcos em fotos de capa (2022)
* Victor Nogueira
2022 07 10 Foto victor nogueira - Paço de Arcos - viaduto na Av Miratejo no acesso á Estrada Marginal (IMG_344) Nesta zona, no Verão, os passeios estão pejados de automóveis estacionados, dos banhista lia a dois p2022 07 09assos, á beira-Tejo.
2022 07 09 Foto victor nogueira - Paço de Arcos - Av António Cabral Bernardo de Macedo (Tapada do Mocho), com o ferro carril do SATU e o viaduto ou ponte sobre a Ribeira de Porto Salvo (IMG_4648)
2022 07 08 Foto jj Castro Ferreira - Paço de Arcos Av Jesus dos Navegantes, com o viaduto ou ponte sobre a Ribeira de Porto Salvo (Av António Cabral Bernardo de Macedo - Tapada do Mocho) (HPIM0079)
2022 07 07 Foto victor nogueira - Paço de Arcos - Ribeira de Porto Salvo (Tapada do Mocho) viaduto rodoviário e carril ferroviário do SATU (IMG_0765)
Presentemente e durante quase todo o ano a Ribeira está vazia de água. no fundo do pequeno vale. Um pouco mais adiante, perto da nova estação ferroviária, corre encanada e subterrânea até ao Rio Tejo. O SATU, um elefante branco, está presentemente desactivado e a ponte que actualmente liga a Rua Fonte de Maio á Tapada do Mocho substitui a estreitérrima que num caminho vicinal fazia essa ligação. Era então parco o trânsito automóvel por este então assegurado, e na ponte, a meia altura do percurso, não cabiam lado a lado dois veículos automóveis.
2022 07 06 Foto jj Castro Ferreira - Paço de Arcos - Av António Cabral Bernardo de Macedo (Tapada do Mocho) - Ponte sobre a Ribeira de Porto Salvo (HPIM0079) durante a construção do ferro carril do SATU~
2022 06 27 foto victor nogueira - Oeiras - passagem pedonal aérea na Avenida António Maria Cabral de Macedo e carril aéreo do desactivado SATU (transporte ferroviário desde Paço de Arcos ao CCOP) (IMG_3323)
sábado, 29 de abril de 2023
alvoradas entre abril e maio
* Victor Nogueira
2023 04 29 Fotos victor nogueira 2023 alvoradas entre abril e maio - Múltiplos e diversificados são os alvoreceres que se vislumbram a partir do cimo desta torre no alto duma encosta. Por vezes sombriamente cinzentos, outras com o astro-rei assomando e erguendo-se na linha do horizonte, até se transformar numa bola de fogo, pouco depois dissolvida na límpida claridade azul, por vezes polvilhada de flocos de núvens brancas. Outras vezes da bola de fogo nada se vislumbra, ferreamente encoberta pelas núvens, num plúmbeo cinzento, noutras nestas espelhando-se, numa paleta em que predominam o vermelho ou o laranja! (Fotos em abril, 14 e 29)
segunda-feira, 24 de abril de 2023
O homem da bicicleta ao alvorecer
* Victor Nogueira
2023 04 24 Nos 49 anos do 25 de Abril, para que a memória não esqueça - O Homem da bicicleta, ao nascer do sol (Foto victor nogueira) ~ Outrora, a bicicleta era o meio de transporte dos pobres, instrumento de trabalho, referido, por exemplo, no filme "Ladrões de bicicletas" (Ladri di biciclette), de Vittorio de Sica 1948), estando a bicicleta na origem dum desporto então popular em vários países, anualmente culminando na "Volta a [..] em bicicleta". Volta esta que em Portugal esteve na base dum outro filme, "O Homem do Dia", de Henrique Campos (1958).
O meu marido
saiu de casa no dia
25 de Janeiro. Levava uma bicicleta
a pedais, caixa de ferramenta de pedreiro,
vestia calças azuis de zuarte, camisa verde,
blusão cinzento, tipo militar, e calçava
botas de borracha e tinha chapéu cinzento
e levava na bicicleta um saco com uma manta
e uma pele de ovelha, um fogão a petróleo
e uma panela de esmalte azul.
Como não tive mais notícias, espero o pior.
in "As horas já de números vestidas" (1981)
Na minha bicicleta de recados
eu vou pelos caminhos.
Pedalo nas palavras atravesso as cidades
bato às portas das casas e vêm homens espantados
ouvir o meu recado ouvir minha canção.
Na minha bicicleta de recados
eu vou pelos caminhos.
Vem gente para a rua a ver a novidade
como se fosse a chegada
do João que foi à Índia
e era o moço mais galante
que havia nas redondezas.
Eu não sou o João que foi à Índia
mas trago todos os soldados que partiram
e as cartas que não escreveram
e as saudades que tiveram
na minha bicicleta de recados
atravessando a madrugada dos poemas.
Desde o Minho ao Algarve
eu vou pelos caminhos.
E vêm homens perguntar se houve milagre
perguntam pela chuva que já tarda
perguntam pelos filhos que foram à guerra
perguntam pelo sol perguntam pela vida
e vêm homens espantados às janelas
ouvir o meu recado ouvir minha canção.
Porque eu trago notícias de todos os filhos
eu trago a chuva e o sol e a promessa dos trigos
e um cesto carregado de vindima
eu trago a vida
na minha bicicleta de recados
atravessando a madrugada dos poemas.