Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Fotos de capa em dezembro 23

 * Victor Nogueira



2021 12 23 Fotos victor nogueira - Pelourinhos de Proença-a-Velha e de Ranhados (Meda)


2020 12 23 foto victor nogueira - Fonte luminosa, em Braga (1998)



2019 12 23 - 1972 - Um Natal em Beja



2015 12 23 * Pedro Tamen - Não Digo do Natal


Não digo do Natal – digo da nata
do tempo que se coalha com o frio
e nos fica branquíssima e exacta
nas mãos que não sabem de que cio

nasceu esta semente; mas que invade
esses tempos relíquidos e pardos
e faz assim que o coração se agrade
de terrenos de pedras e de cardos

por dezembros cobertos. Só então
é que descobre dias de brancura
esta nova pupila, outra visão,

e as cores da terra são feroz loucura
moídas numa só, e feitas pão
com que a vida resiste, e anda, e dura.

Pedro Tamen, in Antologia Poética


2014 01 21 não, não é Karl Marx mas sim ... um amor-perfeito - muito pouco nada LOL


2014 12 23 foto victor nogueira - AE 1 (do Norte) pôr-do-sol numa área de serviço


2013 12 23 - Para ti, para todos nós, um 2014 que seja tempo de Luta, tempo de Vida e tempo de Esperança e de Solidariedade na construção duma sociedade e dum mundo novo em que a Natureza e a Humanidade sejam o princípio e a finalidade da economia e da política, sem senhores nem seus capatazes ou manageiros, homens e mulheres de mão, simples testas de ferro ou mandaretes e moços/as de recados.

Um aceno especial para quem aceitou sair e conviver comigo ou me convidou para sair, para quem aceitou ser recebido/a em minha casa ou me convidou para a sua, para quem me telefonou retribuindo os meus telefonemas, para quem me escreveu, partilhou ou comentou, apesar de por vezes eu ter ficado silencioso., ou falou comigo no chat. Para quem me estima e cuja estima retribuo, em cada dia e em todos os dias dos tempos que (es)correm.

FOTO Victor Nogueira

Sentir
............. o veludo
........................... da voz
............. o calor
........................... do sorriso
............. a fragrância
........................... do olhar
.............o encanto.
...........................da alegria
Libertar
.............os gestos
.............o silêncio
..............o riso
.............as lágrimas
Dizer
.............amor
.............camarada
..............amiga
..............companheiro


Setúbal 1985
Victor Nogueira

e, de Zeca Afonso Filhos da Madrugada


Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor nos ramos
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praia do mar nos vamos
À procura da manhã clara

Lá do cimo de uma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que dá vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Companheira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá do cimo de uma montanha

Onde o vento cortou amarras
Largaremos p'la noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca, brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca.


2013 12 23 In memoriam – Hugo Pratt - por RNPD

«Pandora: Bom dia, Corto Maltese!
Corto: Ena! Estás muito bonita! Fazes-me lembrar um tango de Arola que eu ouvia no cabaré ‘Parda Flora’, em Buenos Aires.
Pandora: Talvez houvesse por lá alguém parecido comigo?
Corto: Não. É precisamente por não te pareceres com ninguém que gostaria de te encontrar sempre… em toda a parte…»

Hugo Pratt, A Balada do Mar Salgado

no Blog O Fogo da Vontade 

In memoriam – Hugo Pratt |


• Pandora Groovesnore: Filha de Tadeo Groovesnore, grande armador de Sydney e neta de Ronald Groovesnore, vice-almirante da Royal Navy. Na sequência dum naufrágio do “Jovem de Amesterdão” em que seguia, é capturada conjuntamente com o seu primo Caïn pelos piratas do Monge, no início da I Grande Guerra, em 1914. Ela revela ser uma rapariguinha de forte personalidade e bastante adulta para a sua idade, controlando a situação em que se encontro envolvida e marcará profundamente Corto que a designará por “Jóia Romântica”. Pandora mostrar-se-á incapaz de manter uma relação durável com o belo marinheiro. De tal modo que a sua história parece ter ficado apenas ao nível platónico. (A Balada do Mar Salgado). Contudo ele pensará sempre nela ao longo das suas aventuras posteriores. Assim ele fica preso de extrema melancolia quando em As Célticas, sabe que ela vai casar-se. Em A Casa Dourada de Samarkand, quando Mariana pergunta a Raspoutine se Corto alguma vez esteve apaixonado, este responde-lhe “Sim, uma vez, por uma jovem sem espírito aventureiro” 


2013 12 23 - Morgana, na série Corto Maltese - de Hugo Pratt


Morgana surge em A Balada do Mar Salgado. É meia irmã de Tristan. Educada na América do Sul, não sofreu as regras estritas da educação britânica. Boca Dourada - feiticeira brasileira - instrui-a nas tradições mágicas brasileiras e da macunda,tornando-a numa das suas discípulas.

Boca Dourada controla a Compagnie Financière Atlantique e participa em conspirações políticas. Intervém activamente na revolução dos negros e dos índios no Brasil contra a casta branca esclavagista, , fornecendo-lhes armas e dinheiro.



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