Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Fotos de capa em dezembro 08

 * Victor Nogueira


2021 12 08  Fotos victor nogueira - Barcelos - Paços do Concelho e pelourinho


2020 12 08 foto victor nogueira - Vila Nogueira de Azeitão (Aldeia Rica) - Chafariz na Rua do Fisco


 2019 12 08 a mariana e o avô (pormenor de foto rui pedro


2019 12 08 foto victor nogueira - évora 1976 03 12 manifestação dos trabalhadores rurais

Uma "manife" em Évora, num verão quente, nos idos de 1974

Ontem, no comício do PC, ali no Rossio de S.Brás, o Álvaro Cunhal falou na independência dos povos das colónias. (...) Ainda antes do Álvaro Cunhal falar o palco foi abaixo por duas vezes. Uma multidão imensa concentrava se em redor do palco, junto ao Monte Alentejano, agitando se inúmeras bandeiras vermelhas do PC. Em uníssono, a multidão repetia as palavras de ordem, de punho erguido.

Detecto, junto a mim, um grupo que vai comentando ao sabor das intervenções. Quando se falam nas torturas sofridas pelo Cunhal e outro comunista, uma mulher ao meu lado diz-me: "Coitadinho! Bandidos!" E a multidão grita: "Morte à PIDE!". Dois delegados dos Sindicatos Agrícolas (Évora e Beja) enumeram as quebras dos contratos colectivos de trabalho e o nome dos latifundiários. A multidão grita: "Morte aos cães!" "A terra a quem a trabalha!".

.Ao meu lado, algumas mulheres dizem: "É assim mesmo!" e "Essa sou eu!", quando se fala em ranchos despedidos. O Álvaro Cunhal cita as lutas revolucionárias dos trabalhadores alentejanos e a "palha" que os latifundiários teriam mandado dar aos trabalhadores que imploravam comida. E a revolta; que enquanto houvesse ovelhas, galinhas e porcos não comiam palha os trabalhadores!

O Partido faz a sua campanha e no palco estão pessoas que já conheço de há muito. Por detrás delas, enormes, em fundo vermelho, as efígies de Marx, Engels e Lenine. A brancura de Évora é agora quebrada por cartazes do PC.

Marx, Engels e Lenine enchem as ruas, conjuntamente com cartazes com a foice e o martelo. (MCG - 1974.07.28)

VER

2018 12 08 foto victor nogueira - em évora, nas piscinas, o célebre "Junkers" - 1975 - Disse-me em tempos o Zé Pinto que já lá não está.

«Junkers Ju 52 é uma aeronave de fabricação alemã, com três motores radiais e capacidade para 17 passageiros,´produzida entre 1932 e 1945, pela empresa Junkers. Também é conhecida como Tante Ju (Tia Ju) ou Auntie Ju. Foi apelidado pelas tropas aliadas durante a Segunda Guerra Mundial, como Iron Annie. Mais de 4.000 unidades foram produzidas, para uso civil e militar. É um dos modelos mais bem sucedidos na história da aviação européia.» (Wikipedia) 



2015 12 08  (texto e foto victor nogueira)
 
outono outonal
sem poesia
com sono entre
o estival e o invernal
pluvioso ou caloroso
de cinza e com secura a relva
e as folhas caídas
brancas
ou amarelecidas
e
pintalgadas.
no meio de esparsos oásis
verdejantes 



2015 12 08


NOS 90 ANOS DE MÁRIO SOARES



2014 12 08

Foto @ Madalena Mendes
Tornado no Algarve, 1 de Abril de 2014


Foto Bruno Cruz   -  Castelo de Marialva - Marialva, Beira Alta.


2013 12 08 Clown jaune, por Bernard Buffet  ~~~~  Victor Nogueira ~~~~~~ 

1 . - Ah! O circo da minha infância, dos palhaços, sobretudo o "pobre", e das meninas contorcionistas (estive em menino apaixonado por duas delas, louras), dos/as trapezistas, com ou sem rede, e dos cavalos circundando o redondel. Hoje, hoje os circos são pobres, desfalcados, homens e mulheres de lantejoulas debotadas e dos sete-ofícios pk a crise é grande !

Mas naquele tempo eu queria seguir com o circo a percorrer o mundo. Ilusões, porque é dura a vida do circo, tanto mais quanto mais pobre ele for !  (2012.07.17)

2. - Depois, bem, depois a Feira de S. João, como a Santiago, deixaram de ter o encanto de outrora, tal como o circo, maravilha, delícia e alegria sempre renovada da infância. Hoje, do circo, gosto dos palhaços e dos ilusionistas, (embora nem sempre), ao contrário do que sucede nos programas que a TV por vezes transmite. (MMA - 1986.07.28).


https://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/ministro-mantem-proposta-de-videovigilancia-e-afirma-que-cnpd-nao-e-tribunal-1524237


2011 12 08

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