Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 11 de setembro de 2018

2018 - 42ª Festa do Avante


* Victor Nogueira


Pode ou não gostar-se da Festa [do Avante] e dos comunistas. Alguns ódios (de classe) entendem-se. Mas .. há comentários tão pequeninos, tão mesquinhos, tão rasteiros ...
Não fui a todas, gostei mais dumas que de outras, mas o que retenho é a fraternidade, o re-encontrar de amizades, a diversidade e, sobretudo, a alegria, o civismo, o respeito-mútuo e a descontracção.
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Regresso à Festa precisamente 5 anos depois, em 9 de Setembro. Está tudo mudado, em consequência da junção da Quinta do Cabo, um espaço ribeirinho e arborizado. O acesso é agora mais a leste, já não pela Quinta da Medideira,,na opinião do Rui Pedro a mítica (e deslumbrante) entrada com o Palco 25 de Abril ao fundo e uma vista panorâmica do recinto.
Dada a acrescida vastidão do espaço os visitantes estão menos concentrados, espalhados pelo vasto espaço, sentados à sombra, sentados no relvado ou nos bancos, ou deambulando  pelos pavilhões, agora mais uniformizados, sem traços regionais que os individualizavam. Afinal este não foi ano da Bienal das Artes e não vamos nem à Feira do Disco ou deambular pelos pavilhões. Uma passagem breve pelo Espaço Central (Bonecos de Santo Aleixo), pela Cidade internacional (também minimalista, sem publicações ou artesanato dos respectivos países), pelo Pavilhão da Ciência (este ano dedicado ao ordenamento do território e preservação protecção da natureza e dos eco-sistemas). Um pavilhão é dedicado aos Bombeiros, com alguns veículos antigos e manequins. O Espaço a Criança, agora maior, tem uma roda gigante. Pela 1ª vez não compro nem livros nem passo pela Feira da Ladra ou do Coleccionismo.

Assinale.se que em 2018 a Festa do Avante teve 17 espaços dedicados às regiões de Portugal, vários espaços temáticos, atracções e 10 palcos: Palco il, Auditório 1º de Maio, Palco Arraial, Palco Novos Valores, Avanteatro, Cineavante, Café-Concerto Lisboa, Palco Alentejo, Fado e Palco Setúbal.
Resolvemos não esperar pela boleia do Rui e pelo Francisco pelo que eu e Penélope apanhamos o vai-vem até ao comboio suburbano Setúbal / Lisboa, que inauguro na Estação de Foros da Amora.

A entrada pela Quinta do Cabo







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O Seixal na outra margem

O Espaço Central e os Bonecos de Santo Aleixo


















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Festa do Livro









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Espaço Internacional
























(foto Rui Pedro)


(foto Rui Pedro)











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Festa do Avante 1999 - A mítica entrada pela Medideira, agora encerrada



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Festa do Avante 2018 - Mapas