Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Fotos de capa em dezembro 10

 * Victor Nogueira


2021 12 10 Fotos victor nogueira - Caldas da Rainha (antiga Casa da Câmara) e Caminha (Torre do Relógio, Paços do Concelho e arcadas)


2020  12 10 foto victor nogueira - Aldeia de Irmãos (Azeitão) Poço de S. Sebastião



2019 12 10 foto victor nogueira -  Lisboa - acessos à Ponte Vasco da Gama

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ponte vasco da gama, no rio tejo


 
2018 12 10 - Já noutra publicação do postal lá em cima `à direita, representado um casal numa praia, ele de costas voltadas, com ar de teimoso, ouvindo música nos auriculares (talvez coral alentejana ou do Exército Vermelho, orquestral de Ray Conniff ou a integral duma qualquer ópera), e ela falando, falando, para um ausente, tricotando.

Se o "retrato" do Manuel é fiel, o da Maria Emília não é, pois embora tivesse de estar sempre ocupada, era sorridente e pouco "ralhadora", para não dar corda à cara-metade. Ofereci um exemplar do referido postal a cada um deles. O Manuel, com o seu sentido do humor, divertiu-se com o "retrato", ao contrário da Milaças que zangada me disse que ela não era assim.

Nas suas "brigas" o meu pai declamava-lhe o soneto camoniano "Alma minha gentil que te partiste tão cedo desta vida" e ela cantarolava-lhe -lhe o fado-canção da "Contradição": "Tu dizes sim, eu digo não, tu dizes não, eu digo sim, em constante contradição".

Sendo ambos habilidosos nos consertos domésticos, quando o meu pai lhe perguntava como fizera determinado arranjo, num electrodoméstico, p. ex., ela retorquia-lhe apenas que fora com as suas ""mãos de fada"


2018 12 10 foto jj Castro Ferreira - Em Viana do Castelo, na Páscoa de 1975


2017 12 10 - Setúbal Igreja de Santa Maria azulejo

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2013 12 10 Évora Salão Central Eborense

Aqui foi introduzido o cinema sonoro em Évora, no ano de 1931, quando era ainda mero animatógrafo. Logo em 1934, fruto de falta de condições, é encerrado, para dez anos volvidos, ser alvo de esboço de arquitetura por Keil do Amaral, num projeto que ignora a envolvente arquitetónica, para marcar o compromisso do lugar com o tempo.

É na confrontação com o que o rodeia que o Salão Central Eborense se eleva como ícone de uma "nova" Évora, que dava então passos seguros no percurso para uma afirmação regional plena. Hoje, é "ruína" da modernidade...e aguarda, impaciente, que chegue a sua afirmação entre os emblemas culturais da cidade. in Estórias de uma História


2013 12 10 Corto Maltese, de Hugo  Pratt

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