Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

entre vila nova de gaia e o porto

* Victor Nogueira

Porto visto de Vila Nova de Gaia






porto e ponte da arrábida, sobre o rio douro, vistos de vila nova de gaia, em 2015. Esta ponte (nessa época o maior arco de betão armado do mundo) é da autoria do engº Edgar Cardoso, tal como a de S. João (ferroviária). 

Em 1963 estava eu a estudar no Porto e à inauguração da Ponte da Arrábida faço referência no meu diário de então..

"O Presidente da República, Américo Tomás veio ao Porto inaugurar a Ponte da Arrábida (1963.06.22/23 - Diário III)

À tarde fomos, o avô Luís e família, à Ponte da Arrábida, tendo percorrido a auto-estrada. Em seguida fomos ao Palácio [de Cristal] onde jantámos. Escusado será dizer que andei nos automóveis eléctricos. Andei também nos barcos do lago. A princípio não sabia guiar aquilo, mas... aprender até morrer! (Diário III - 1963.06.30)"

Esta auto-estrada cobria então a fenomenal distância de .. cinco km, entre o Porto e os Carvalhos, situação que se manteve durante largos anos. Aliás, à saída de Lisboa pouco maior distância cobria, sendo as centenas de km entre ambos os troços suprida pela ronceira EN !.

Na zona do Porto é o rio Douro atravessado por seis pontes: D. Maria e D. Luís (ambas do séc XIX e arquitectura do ferro), Arrábida, S. João, Freixo e Infante (D. Henrique). Restam ainda os pilares da antiga ponte pênsil, na Ribeira, e a memória do desastre da Ponte das Barcas ocorrido durante uma das invasões francesas, desastre em que teriam morrido ccerca de 4 mil pessoas que fugiam aos exércitos napoleónicos. Dizem que Luísa Todi, cantora lírica setubalense teria perdido as suas jóias, o que não teria impedido o general francês Soult de lhe dar protecção, pois Todi era célebre nos palcos selectos europeus da época.

Vila Nova de Gaia









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