Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Murais do 25 Abril 06 - Grandola 1978

foto victor nogueira murais 25 abril Grandola 1978

Para além do mural alusivo ao 25 de Abril, a foto regista a Festa do Avante de 1978 (cartaz), O 1 de Maio (cartazes) e o Julgamento Popular do trabalhador rural alentejano José Diogo.

Sobre este último informa a RTP: «A 30 de setembro de 1974, o trabalhador rural José Diogo assassinou à facada o antigo patrão e latifundiário Columbano Monteiro em Castro Verde. O julgamento estava previsto para o tribunal de Tomar, o que não chegou a acontecer devido à falta de comparência de réu Zé Diogo e do advogado de acusação Daniel Proença de Carvalho. No exterior do tribunal, um júri composto por 20 elementos provenientes de Castro Verde, representantes de comissões de trabalhadores, da Associação de Ex-Presos Políticos Anti-Fascistas e ainda muitos populares, absolveu Zé Diogo e condenou o latifundiário postumamente através do que designaram “tribunal popular”. Este acontecimento ficaria registado no documentário realizado pelo cineasta Luís Galvão Teles – “Liberdade para José Diogo”.» 



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