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“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 30 de maio de 2017

Muralhas de Setúbal - 8ª Bataria de Albarquel – Regimento de Artilharia de Costa (RAC)

* Victor Nogueira

Segundo Rafael Oliveira o Regimento de Artilharia de Costa (RAC) foi criada pelas Forças Armadas Portuguesas, após a 2ª Guerra Mundial, através do Plano luso-britânico – o Plano Barron (1939) -, onde o objectivo era criar uma força especializada em impedir o desembarque de uma força convencional apoiadas por unidades navais, nas imediações dos estuários do Tejo e do Sado. As construções decorreram entre 1944 e 1958, estando operacionais corria o ano 1958. Estiveram ao serviço sensivelmente, cinquenta anos. Era constituído por um posto de comando, 8 Batarias com 36 peças de artilharia (Krupp e Vickers) de diversos calibres (152 mm e 234 mm) com alcance considerável para a época.  A 7ª e a  8ª Batarias, respectivamente do Outão e de Albarquel) do Regimento de Artilharia de Costa (RAC)  tinham como objectivo defender a entrada da foz do Porto de Setúbal, em conjunto com os outros redutos. 

Até recentemente estava integrado no Regimento de Artilharia de Costa, entretanto extinto, do Exército português, com a designação de 8ª Bataria.

Na primeira metade do século XX foi erguida, no morro por detrás do forte, uma fortificação subterrânea, artilhada por três canhões Krupp de 150 mm, e guarnecida por cerca de 30 homens. As novas instalações compreendiam dependências como casernas, refeitório e armazéns.

Em virtude, das mudanças tecnológicas introduzidas na forma de fazer a guerra nos finais do Século XX – misseis ar-terra, aviões a jacto e artilharia portátil-, a existência do RAC tornou-se obsoleta (alvo estático e vulnerável) e, como consequência, foi desactivado em 1998 e, finalmente, extinto corria o ano de 2001. Chegava, assim, o projecto delineado pelo General Barrow durante a IIª Guerra Mundial e, também, o fim da História da Artilharia de Costa em Portugal iniciada no final do Século XIV.

Ruínas da 7ª Bataria de Outão – Regimento de Artilharia de Costa (RAC) in https://oliraf.wordpress.com/2015/01/01/ruinas-da-7abataria-de-outao-regimento-de-artilharia-de-costa-rac/


Forte de Albarquel e 8ª Bataria do RAC -  ou a evolução da artilharia na defesa da costa marítima




8ª Bataria de Albarquel – Regimento de Artilharia de Costa (RAC)

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Amarelo - 8ª Batería costera do Outão
Laranja7ª Batería costera de Albarquel


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