Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 27 de maio de 2017

Muralhas de Setúbal - Baluartes de S. Domingos e das Fontaínhas

* Victor Nogueira

Estes dois meios baluartes bastante degradas e parcialmente demolidos situavam-se a leste da vila e podem ser avistados quer do exterior, quer a partir da plataforma elevada do Cemitério Velho ou de N. Sra do Rosário, troços do pano das muralhas servindo de parrees de edifício industriais ou de habitação, no Bairro das Fontaínhas.


(Google Earth)

Segundo Carlos Anjos no Blog Praça do Bocage o Baluarte de S. Domingos "aproveita, em conjunto com o vizinho baluarte das Fontainhas, a existência de um morro de considerável cota. Pela toponímia actual, situam-se no interior do quarto de circunferência delimitado pelo quadro principal do cemitério de Nossa Senhora da Piedade, a norte, e a rua Camilo Castelo Branco, a poente.

O recente derrube de diversas construções no troço sul da Rua Camilo Castelo Branco veio por a descoberto, com ampla visibilidade, um importante pano daquela antiga edificação militar.



No perímetro e área de protecção do antigo baluarte encontra-se hoje parte do cemitério de Nossa Senhora da Piedade (edificado na segunda metade sec.XIX), a Igreja de São Sebastião (igreja do antigo Convento de São Domingos, datada de 1566/68), espraiando-se ainda pelo suave declive das encostas viradas a poente e sul os bairros de São Domingos e Fontainhas. Este baluarte situa-se à distância (em linha recta) de cerca de 340 metros, para nascente, da porta de São Sebastião, que dava entrada à vila de Setúbal através das muralhas medievais construídas entre 1325 e 1360, nos reinados de D.Afonso IV e D.Pedro I."




(Google Earth)



"testemunhos" da muralha setecentista e das fábricas de conservas de peixe, vistas a partir do Cemitério Velho ou de N. Sra da Piedade



Igreja de S. Sebastião, no Bairro de S. Domingos



Vista do baluarte e chaminés das fábricas conserveiras demolidas, a partir do exterior 
(Rua Camilo Castelo Branco)



fotos em 2016.05.27










local de antiga fábrica, demolida, de conservas de peixe


Por detrás fica o Cemitério Velho


local de antiga fábrica, demolida, de conservas de peixe













de novo na Rua Camilo Castelo Branco

fotos em 2017.05.20








vista do interior do Cemitério de N. Sra da Piedade ou Cemitério Velho


Baluarte de N. Sra da Conceição, visto do Baluarte de S. Domingos

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