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“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 30 de maio de 2017

Muralhas de Setúbal - 7ª Bataria de Outão – Regimento de Artilharia de Costa (RAC)

* Victor Nogueira

O Regimento de Artilharia de Costa (RAC) era uma unidade do Exército Português com a missão de assegurar a defesa costeira dos acessos aos portos de Lisboa e de Setúbal. O regimento baseava-se em baterias fixas fortificadas instaladas ao longo das costas da Península de Setúbal e da Linha do Estoril, equipadas com peças pesadas de artilharia naval, montadas em torres couraçadas. O RAC foi desativado em 1998.

Segundo Rafael Oliveira (OLIRAF) a  7ª Bataria de Outão, situada na Serra da Arrábida, Outão Setúbal, pertencia ao Grupo Sul ( 5ª Bataria da Raposeira, 6ª da Bataria Fonte da Telha e 8ªBataria de Albarquel) do Regimento de Artilharia de Costa (RAC) cujo objectivo era defender a entrada da foz do Porto de Setúbal, em conjunto com os outros redutos.  

A construção desta unidade militar de defesa da costa sadina iniciou-se entre 1944 e ficou operacional em 1954. Era composta por 3 baterias de Vickers 152mm, de fabrico inglês, de médio alcance (10 – 20 km), pelo antigo forte Velho de Outão e os aquartelamentos. Importa salientar que as mesmas nunca participaram em situações de conflito, sendo utilizadas, apenas, para exercícios de fogo real.

A artilharia de costa em Portugal remonta, pelo menos, a 1381 - durante o reinado de D. Fernando I - altura em que foram usadas bocas de fogo para defender Lisboa contra o ataque de uma esquadra naval castelhana. Durante os séculos seguintes, foram instaladas bocas de fogo de defesa costeira em inúmeras fortificações ao longo da costa portuguesa, inclusive nas ilhas e no ultramar, espcialmente a partir do séc. XVII e na sequência da Restauração da Indeprndência em 1640.




Vista exterior do complexo militar 

Vista exterior do complexo militar com as 3 peças Vickers de 152 mm



A RAC de Outão estava equipada com três canhões Vickers, de 152 mm, de médio alcance, ou seja, entre 10 a 20 quilómetros de precisão





Bateria Vickers 152mm – 7ª Bataria do Regimento de Artilharia de Costa (Outão)

Ruínas da 7ª Bataria de Outão – Regimento de Artilharia de Costa (RAC) in https://oliraf.wordpress.com/2015/01/01/ruinas-da-7abataria-de-outao-regimento-de-artilharia-de-costa-rac/

A vista e o abandono da 7ª Bataria

 in http://p3.publico.pt/vicios/em-transito/15199/vista-e-o-abandono-da-7-bataria

7ª Bataria do Outão




7ª. Bateria - Outão_Regimento de Artilharia de Costa_Serra da Arrábida_Setúbal_2012



Torre medieval e Forte seiscentista de Santiago do Outão e  7ª Bataria de Costa do RAC -  ou a evolução da artilharia na defesa da costa marítima







 Google Earth



Amarelo - 8ª Batería costera do Outão

Laranja - 7ª Batería costera de Albarquel

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