Kant_O_Photomático: Vila do Conde - em torno da ponte sobre o Rio Ave

Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 24 de setembro de 2016

Vila do Conde - em torno da ponte sobre o Rio Ave

* Victor Nogueira

Os objectivos desta 6ª feira eram ir em busca da Capela de S. Roque e levantar os óculos de ler que aviara depois de na semana passada ter perdido em Argival os que em Vila do Conde encomendara por em Setúbal não ter encontrado em casa os que - no intervalo das minhas arrumações de livros - pousara não sei onde.

Como as 6ªs feiras são dias de mercado semanal, resolvi deixar o Fiesta na Rua da Junqueira, em Azurara, mesmo ao lado da ponte sobre o Rio Ave. No ar soavam toques de tambor - uma banda, pensei eu, ao aproximar-me da Rua 25 de Abril. Não era banda, mas um espectáculo de tambores e "bailado" com uma dançarina que me disseram ser uma conhecida professora de dança e bailarina.

Durante séculos a travessia do Rio Ave entre Azurara e Vila do Conde era feita de barca e uma fonte de receita para o Convento de Santa Clara que por esse modo se opuseram sempre à construção duma ponte. Já no século XIX foi construída uma ponte de pedra, desmantelada pelas enchentes fluviais em 1821. A esta seguiram-se uma ponte de madeira e outra de ferro, antecessoras da que figura nesta publicação, Ilustrações das anteriores pontes encontram-se em Vila do Conde em torno do mercado municipal