Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 3 de setembro de 2016

em torno da praça do almada, na póvoa de varzim

* Victor Nogueira

A volta hoje foi retornar à Póvoa de Varzim, numa tarde soalheira e límpida mas que com o anoitecer se tornou desagradavelmente fresca. A farmácia de Árvore estava aberta nesta tarde de sábado, onde passei para aviar analgésicos, como afinal abertas estavam todas aquelas porque passei nesta minha deambulação pela Póvoa, iniciada no Largo Eça de Queirós onde estacionei o Fiesta. Da Praça do Almada segui pela Rua Visconde de  Azevedo até ao Museu Municipal, a essa hora fechado, retrocedendo e prosseguindo pela Rua Paulo Barreto até à Praça Marquês de Pombal, onde se situa o novo Mercado Municipal e dois torreões do primitivo, um com estabelecimentos de restauração e outro com o Posto de Turismo. Pela Rua Manuel Silva retorno ao Centro Histórico e à Fortaleza, percorro artérias onde a maioria dos edifícios são autênticos mamarrachos até desembocar novamente nà Praça do Almada. ´É já noite, entro no Fiesta, passo de novo junto ao Museu e, pela Rua Senhora do Monte, ladeio a Igreja Nossa Sra. das Dores. Pela Rua Cidade do Porto retorno à Praça Marquês de Pombal e desta à do Almada.


Segundo a Wikipedia  "em 1791, pela provisão régia de D. Maria I, [o] antigo Campo da Calçada tornou-se no centro cívico, inicialmente denominado Praça Nova. Foi também o local onde se ergueu o primeiro jardim público da Póvoa de Varzim, popular entre a burguesia do século XIX, função que ainda hoje mantém. (...) A provisão régia ao corregedor Almada, ordenava "Que no Campo da Calssada se construa huma Praça ampla para os mercados e outros logradouros da Povoação e que nella se construão as obras com cazas alpendoradas, Arvores, e hum chafariz nomeyo tudo na conformidade da Planta designada pello dito Tenente Coronel". Esse Tenente Coronel era Reinaldo Oudinot. As obras começaram no ano de 1793 e, em pouco tempo, tornou-se no novo centro económico da Póvoa de Varzim, para onde foram transferidos os mercados e feiras. Para tal, em 1800 decidiu-se: "senão possa comprar nem vender lenha nem outro qualquer genero de viveres sem que seja na Prassa Nova desta Villa aonde devem todos ser postos a venda para ahi serem comprados por quem quizer." função de encontro e lúdica da praça é favorecida com o levantamento das arcarias do novo edifício da Câmara, funcionando como resguardo. O novo edifício da câmara, que é ocupado em 1807, torna assim a Praça Nova no centro político da urbe."


Antigos jardins da Praça do Almada (wikipedia)

Com esta 2ª visita tenho novamente pontos de referência para me orientar no centro Histórico da Póvoa. Nesta minha deambulação verifico que, ao contário dos homens, as mulheres que comigo se cruzam na Póvoa são gordinhas e rechonchudas, sejam crianças, jovens ou de meia-idade. Efeitos da dieta alimentar ? Pelas ruas deparo-me com idosos casais e - provenientes do Pingo Doce da Praça do Marquês de Pombal - cruzo-me com mulheres carregando sacos de compras. Nos cafés de bairro homens e algumas mulheres cavaqueiam nos passeios. Terminado Agosto, as ruas estão mais desertas. Foram-se os veraneantes como se fossem andorinhas prenunciando não a Primavera mas sim o Outono que se avizinha. 

Resolvo regressar ao Mindelo pela A28 mas inesperadamente entro num pára-arranca, a estrada ladeada de automóveis e pejada de transeuntes. Penso que haveria jogo de futebol no Estádio do Rio Ave, mas não, os km de confusão devem-se a uma feira de Agricultura, ao que parece.

Em Vila do  Conde resolvo ir ao Modelo / Continente abastecer-me de víveres, sobretudo peixe (trutas, fanecas, pescada e sardinhas) e levantar dinheiro no Multibanco. A simpática menina da peixaria diz-me que não sabe "arranjar" a raia nem há cação, pelo que desisto destes dois espécimes. Para obviar aos meus estados de preguicite culinária  abasteço-me também de comida pré-cozinhada, sobretudo de carnes,  para além de sopas de várias qualidades, que são bastante saborosas; courgette   grão de bico  e cenouras.

Rua Visconde de Azevedo






Museu Municipal de Etnografia e História



Largos Eça de Queirós e do Almada




Cruzeiro Verde





Neste local mas não nesta casa nasceu Eça de Queirós










arcadas dos Paços do Concelho




Rua Paulo Barreto







Praça Marquês de Pombal


antigo mercado municipal




Estátua do Dr. David Alves, da autoria da escultora Margarida Santos, foi inaugurada em 1999  É uma homenagem  a David Alves, pois a este autarca se deve o traçado balnear da cidade, marcado pela linha do passeio litoral, assim como o rompimento da Avenida Mousinho de Albuquerque, abrindo a comunicação que hoje existe com o mar. O alargamento da Rua da Junqueira e a cobertura do esteio completam, numa clara intervenção política de emergência, um primeiro e grandioso plano de transformação e renovação urbanas da Póvoa de Varzim.


antigo mercado municipal









A Familiar (antiga sede da Familiar Poveira, Associação de Socorros Mútuos)




Cruzeiro da Independência, Inaugurado em 1940, foi construído em granito com motivos escutistas e desenhado pelo Padre Aurélio Martins de Faria, desta cidade.

A caminho do Centro Histórico



escola primária

Largo da República (antigo Largo de S. Roque)



Capela de São Roque, mais conhecida como Capela de Santiago. A Capela de São Roque foi fundada em 1582. Devido à descoberta na praia duma imagem de Santiago possívelmene no século XV,  aumentou  o culto a este Santo, justificando a mudança de invocação. Em 1741 erigiu-se neste local a Confraria de Santiago e, em 1887, a capela foi reformada e aumentada.





Rua da Ponte

































Praça do Almada



edifício do antigo Hotel Universal




Pelourinho presumivelmente erguido no reinado de D. João III (sec. XVI)








  Coreto Arte Nova, exemplar da arquitectura do ferro, construído em 1904





Paços do Concelho

VEM DE 

deambulando pela póvoa de varzim

http://kantophotomatico.blogspot.pt/2016/09/na-povoa-de-varzim.html

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