Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Fotógrafo russo arrisca a vida para obter imagens impressionantes


Há 18 meses o estudante russo Marat Dupri, 19, comprou uma câmera Canon e imediatamente decidiu fotografar belas paisagens. Logo se tornou um “sky walker” – fotógrafo que arrisca sua vida escalando arranha-céus para tirar fotos extraordinárias do mundo a seus pés.

Foto: raskalov-vit  

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Dupri começou escalando o telhado da própria casa para capturar as imagens de cima e logo partiu para edifícios mais altos.

Junto com seus destemidos amigos e modelos, já passou sorrateiramente por guardas e se infiltrou em algumas das estruturas mais altas de Moscou – com a intenção de produzir imagens inacreditáveis, embora de virar o estômago.

As fotos mostram adolescentes andando no céu – empoleirados em torres de alta tensão a centenas de metros do chão ou caminhando no topo de edifícios altíssimos sem qualquer aparato de segurança.

Marat disse: “Quando eu estou lá em cima, sinto que o mundo inteiro está aos meus pés”. 

“Todos os meus problemas e conflitos são deixados em algum lugar lá embaixo. A altura me estimula. Estou desfrutando das paisagens da minha cidade natal. Isso me dá energia e me enche de entusiasmo para tirar novas e excelentes fotos.”

“Sempre me interessei por fotografia e há alguns anos comprei minha primeira câmera profissional. Queria experimentar e tirar as fotos mais espetaculares possíveis – imagens que ninguém tivesse feito antes. Comecei fotografando do meu próprio telhado, mas logo tive vontade de obter imagens maiores e melhores. Então fui com um amigo ao topo de um prédio de 33 andares. Tinha cerca de 120 metros de altura e fomos direto para o último andar, onde comecei a tirar fotos. Senti uma grande emoção, mal podia esperar para fazer aquilo de novo”, contou o fotógrafo.

“Já tirei muitas fotos em edifícios nos quais entrei sem que os guardas me vissem e acessando as estruturas ilegalmente. Mas ao ver o resultado impressionante das fotos, acho que os riscos compensam.”

As impressionantes fotografias de Marat mostram diversos amigos seus balançando na extremidade de vigas a vários metros do chão. Por não estarem usando nenhum instrumento de segurança, poderiam despencar terra abaixo a qualquer momento.

Em uma das imagens, os adolescentes estão escalando um dos sete arranha-céus soviéticos da Rússia, usando uma espécie de escada para subir a lateral do edifício. Em outra, um amigo está empoleirado na lateral de um monumento ao tsar Pedro I, a 215 metros do chão.

Os adolescentes chegaram até a tirar fotos no topo da Torre de Moscou – um dos edifícios mais altos da Europa.

Mara acrescentou: “O prédio tem 300 metros de altura e foi realmente difícil tirar as fotos ali por causa do vento. Tive que me curvar bastante e apenas fotografar focando diretamente para baixo. Essa foi a fotografia mais perigosa que eu tirei, foi realmente assustador.”

“Também tirei fotos sobre uma torre de rádio de 270 metros de altura que ainda estava em uso. Senti uma adrenalina enorme ao tirar as fotos, mas tive dores de cabeça fortes por vários dias depois – creio que foi por causa da radiação. Ainda assim, valeu a pena por ter obtido imagens tão incríveis.”

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