Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sexta-feira, 14 de maio de 2021

fotos de capa em maio 14

 * Victor Nogueira


2021 05 14 Setúbal Padaria na Avenida 22 de Dezembro (fotomontagem) (2016.04.27 GEDSC_135)

Há uns anos esta padaria encerrou e o prédio entretanto entrou em ruína, embora mantendo as figuras que representavam os estabelecimentos que neste figuravam: a padaria e o amola tesouras, este na Rua Fran Paxeco. Actualmente o edifício encontra-se em obras de  recuperação.

Embora ainda existam padarias, desapareceram os amola-tesouras, que percorriam as ruas na sua bicicletas ou motorizadas com a pedra de esmeril accionada com o pé, anunciando-se com o pregão e uma flauta própria, oferecendo-se para consertar guarda-chuvas e sombrinhas, amolar faca e tesouras ou soldarem os buracos em tachos, frigideiras e panelas. O consumismo e a obsolescência programada para sustituição em vez de reparação levaram à extinção deste ofício.

Não serão propriamete murais as gravuras nestas paredes, que já surgiram em  Setúbal e Azeitão - Figuras de convite   ,  aqui e agora de novo publicadas na Série Murais e Grafitos. 

Fazendo parte do Projecto Setúbal Mais Bonita, situam-se num edifício da Rua 22 de Dezembro, nº 13, esquina com a Rua Fran Paxeco, onde havia uma padaria e  um amola-tesouras, profissão esta praticamente desaparecida. Aqui vários guarda-chuvas foram por mim deixados a consertar. Teria sido executado em 2013 pela ARTISET - Associação de Artistas Plásticos de Setúbal.

VER   Murais em Setúbal 23 - Padaria e amola tesouras


2019 05 14 foto victor nogueira - Intervalo e pausa


2019 05 14 Calor - Nem tanto ao mar nem tanto à terra

2016 05 14 Foto victor nogueira - foz da ribeira da ajuda e estuário do rio sado, em setúbal, vendo-se o murete para protecção do que resta do sítio romano da comenda -   PHOTO-REPORTAGEM EM ribeira da ajuda e o complexo romano da Comenda


2014 05 14 

1. -  O inFaceLock é como a vida real, só que por aqui há mais máscaras e lantejoulas e menos freio para as inibições de muitos/as. E muitas e variadas narrativas, para (quase) todos os gostos, olhares e apetites.

2.- Aos efabuladores toda a magia dos gestos, dos dedos, do olhar , dos lábios e das palavras é permitida.

... o pior é se, levados nas asas da imaginação, no final encontram não um personagem de carne e osso mas apenas areia, pó, cinzas e chumbo em cadeia.

2014 05 14 

1. Na verdade, falta (quase) apenas privatizar o ar que cada um de nós respira. Tudo é neste momento "mercadoria" e as mercadorias são para quem tiver dinheiro e puder pagá-las. É um holocausto ou genocídio invisível, insidioso. Subreptício, quase inodoro, como asfixia pelo dióxido de carbono. (Victor Nogueira)

2. - «Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos.»

José Saramago - Cadernos de Lanzarote - Diário III - pag. 148


2014 05 14 Foto micf -1974/75 - cartazes e murais de abril 14 - Mora (1975) - com a minha tia teresa

Nos anos em referência em Mora os murais do pcp eram diferentes dos de évora, como regista uma foto anterior  (1).Neste, ao lado de cartazes do mdp/cde, "vota pcp - pela consolidação da democracia rumo ao socialismo", "Pelo socialismo proletário contra o [social]ismo burguês"

(1)     

2014 04 21 Foto Victor Nogueira - 1974/75 - cartazes e murais de abril 01 - Mora (Alto Alentejo)

CAMARADA NÃO TE DEIXES ILUDIR COM FALSOS SOCIALISMOS. SOCIALISMO HÁ SÓ UM, O SOCIALISMO PROLETÁRIO O QUE LIBERTA O HOMEM DA EXPLORAÇÃO DO CAPITALISMO E O CONDUZ AO COMUNISMO. NÃO TE ILUDAS, NEM COM FALSOS SOCIALISMOS NEM COM FALSAS LIBERDADES

Sem comentários: