Kant_O_Photomático: Murais e grafitos em Setúbal 101

Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Murais e grafitos em Setúbal 101 - Jardim de Inverno

* Victor Nogueira

Nas traseiras da Santa Casa da Misericórdia de Setúbal, entre as Ruas Acácio Barradas e Oliveira Martins, havia um descampado, em terra batida, cheio de covas, poeirento no Verão e com charcos de água e lamacento no Inverno, baldio que servia de parque de estacionamento automóvel mais ou menos anárquico. Há muitos anos que deixei de estacionar lá meu fiel Rocinante, desde que deixei de trabalhar no Urbanismo, ali a dois passos.

Na minha busca de novos murais para fotografar deambulei pelo Bairro do Montalvão, passando acidentalmente por aquele sítio, e encontrei um que estava na minha lista: Jardim de Inverno, com motivos florais, executado em 2020 (Janeiro) pelo colectivo Explicit Citizens, similar aos que existem nas empenas de edifícios no Bairro da CHE Setúbal.

A zona continua como parque de estacionamento automóvel, mas agora alindado, arborizado e calcetado.