Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 4 de maio de 2021

Murais e grafitos em Setúbal 96 - Rua Ramalho Ortigão

* Victor Nogueira

Na Rua Ramalho Ortigão, no Bairro Humberto Delgado, em 2020.10 foi inaugurado um mural homenageando o "General sem Medo" e os escritores Ramalho Ortigão e Fialho de Almeida. Este mural é de autoria do Colectivo Explicit Citizens (David Martins, Filipe Serrallha e João Murta).

«Humberto Delgado, Ramalho Ortigão e Fialho de Almeida são as três personalidades do panorama histórico e político nacional homenageadas na intervenção de arte urbana, recentemente concluída.

O mural, com cerca de 120 metros de comprimento e 4 de altura nasceu no âmbito do projeto de participação cidadã Ouvir a População, Construir o Futuro, após proposta apresentada pelos moradores.

O trabalho foi desenvolvido pelo coletivo de artistas Explicit Citizens e, segundo o artista David Martins, interveniente na execução do mural, a intervenção, que demorou duas semanas a ser concluída, “está dividida em três fases”.

A primeira fase é alusiva a Humberto Delgado, com referência a como ficou conhecido, “General Sem Medo”. As cores escolhidas para ilustrar a parede “foram o verde seco e o castanho, referentes à vida militar”. 

O escritor Ramalho Ortigão, da viragem do século XIX para o século XX, aparece a seguir, “em tons de bege e castanho, sépia, a dar o ar das páginas envelhecidos dos livros e textos com folhas de rascunho”.

Por último, Fialho de Almeida, jornalista e escritor da mesma época, é lembrado na intervenção artística em tons de cinza, preto e branco, “numa alusão aos artigos que escreveu e publicou em jornais”.» )





















Fotos em 2021 04 27 (Canon 191_04)

1 comentário:

Mona Lisa disse...

Murais que "respiram" História!