Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 29 de maio de 2021

fotos de capa em maio 29

 * Victor Nogueira


2021 05 29 Foto victor nogueira - pormenor dum mural executado por Peguinho, na Praceta Jornal da Indústria, em Setúbal  (2018.01.27 Canon 151_01)



2021 05 29 Foto victor nogueira grafito na Rua Ladislau Pereira, Bairro do Troino, em Setúbal (FN / 313 / PCK KWS) (2020 04 22 Canon 179_04)


2021 05 29 Hoje o meu irmão caçula (Luanda, 1951 - Paço de Arcos, 1987) comemoraria o seu 70º aniversário. (foto de família)


2019 05 29 foto MNS -  1984 Páscoa - em Setúbal, na Quinta de S. Paulo


2015 05 29


2019 05 29 Victor e Zé, que hoje comemoraria 68 anos (1951 Luanda  / 1987 Paço de Arcos)


2018 05 29 foto de família, em Luanda, na Praia do Bispo - Se o Pituca fosse vivo faria hoje 67 anos de idade.
2016 05 29 Foto de família - em Luanda, na Praia do Bispo, com o meu irmão Zé Luís (Luanda 1951.05.29 - Paço de Arcos 1987.02.26)


2016 05 29 foto victor nogueira - Évora - Rua da Moeda, vista dum dos terraços da Rua Serpa Pinto, onde residi


2015 05 29 foto de família - Luanda (Bairro do Maculsso) - zé luís 1951.05.29 - 1987.02.26


2014 05 29 Luanda - na churrasqueira Vilela ~ Manuel, Victor, Maria Emília e Zé Luís


medra a procissão no adro
para que medrando
rime

e no agitar das ondas
sem rima remando
em catadupas
se esconda o pivete.

baralham
e no
baralho
viciado
embaralham-se
ensarilham-se
na salgalhada

estóico
alapado
pensam acorrentar
o mexilhão
à lapa
e
ao
rato ?

e a floresta
dos
animais
negra de enganos

é entrar
é entrar
meninos e meninas
é a valsa da burguesia
o baile dos tais
fatais
nos
sinais
da canga

lobos com hienas
lacraus e víboras
moscas e moscardos
em contínuo zum-zum
tubarões e sardinhas
polvos e aventesmas
no saco das farinhas
macacos e macaquinhos
avestruzes e pavões
em sacudidos safanões
aranhas e aranhiços
patranhas e enguiços
com melros e catatuas
pegas e papagaios
rosados ratinhos
e de cinza as ratazanas
o salalé roendo o miolo
e o cupim com estupim
crocodilos e piranhas
em alegre chilreada
palrando
as araras e os abutres
em babilónica sintonia
aos saltitos
ensarilhada salgalhada
cabras e ovelhas
nas parelhas
galos e galinhas às pintinhas
e galifões saltitões
caimões
carapaus com paus
e
os cordeiros com orelhas
velhas
de gato por lebre
e a febre
de
perúas e pardalitos
avestruzes catrapuzes
na teia
aranhas e aranhiços
com patranhas
e sumiços

com figurinhas e figurões
vai ensurdecedora a zoadeira na feira ?

e nós

azémolas
cavalgaduras
na pendura
de camelos e dromedários !?


setúbal 2014.05.29


2011 05 29 álbum Solidão

 2011 05 29 Álbum João Abel Manta

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