Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

domingo, 16 de maio de 2021

fotos de capa em maio 16

 * Victor Nogueira

2021 05 16 Foto Victor Nogueira - Setúbal - Avenida Luísa Todi / Praça  Teófilo Braga - Mural  publicitando o Crédito Agrícola "Juntos somos mais", executado em 2011. (Foto em 2018.01.23 - Canon 151_01)

VER  Murais em Setúbal 22 - Crédito Agrícola e Luísa Todi

2019 05 16 foto  de família – Luanda - a vivenda geminada na Praia do Bispo. onde morávamos. Na 1ª moraram, à esquerda os Bragança e à direita, sucessivamente, os Coimbra e os Fardilha. Na 2ª vivenda os Nogueira da Silva e, à direita,  moraram, sucessivamente os Balsa e os Sequeira. Na 3ª vivenda moraram os Birrento e os Andrade Ferreira.


2019 05 16 Uma semana de papo para o ar, em forçado far niente 🙁



2017 05 16 Este meu mano de Luanda e fervoroso  adepto do glorioso FCP não poucas vezes  partilha algumas com piada. Esta que abaixo reproduzo faz-me lembrar certos "doutores" que se consideram  os mais inteligentes e sabedores à superfície  da Terra, que sem eles e  sua luminosa omnisciência o Planeta Azul e Branco refulgentes seria uma desgraça, povoada de tótos e parolos e saloios.

*  João Carreira

SER TRIPEIRO
O Sousa era barbeiro da Ribeira conhecido pela sua   gabarolice. Era o melhor em tudo, ninguém lhe levava a palma , segundo ele , obviamente. Jactava-se junto de toda a gente , sobretudo no cais, com as vendedeiras .
Uns moços que captavam as gorjetas dos turistas por saltarem para o rio , da Ponte D. Luis I, disseram-lhe que se tinham inscrito na prova de resistência do domingo seguinte , com natação desde Massarelos até ao Freixo.
Logo o Sousa lhes respondeu que se iria inscrever e lhes iria dar uma banhada , e assim se ufanou junto das vendedeiras que logo , logo, lhe prometeram apoio .  
Nesse domingo, juntou-se muita gente na Ribeira, com destaque , claro , para as vendedeiras que iriam aplaudir o famoso e requestado Sousa . 
Quando chegaram os nadadres, e iniciada a prova, o grupo seguia compacto , mas o Sousa logo se foi atrasando e a cada braçada, ficando perto do último lugar, para grande desespero da sua claque que o estimulava gritando : - FORÇA, SOUSA, FOOORRRÇÇÇAAAAA ! e levantavam-lhe as saias dando palmadas nas nádegas roliças (o que faziam desde o início da prova para o incentivar…). Passados poucos momentos , o Sousa nada para a margem e sai da água.
As vendedeiras, boquiabertas e surpresas , gritam-lhe :
-És um gabarolas , ó Sousa , ganda murcom , só tens letra !
E o Sousa, com jactância, responde-lhes
- A culpa é vossa por levantarem as saias , um homem não é de pau e eu fiquei atolado no lodo do rio …
As vendedeiras ficaram algum tempo espantadas , sem reacção , até que uma lhe responde :
- Nadavas de costas , murcom ! 
E logo o Sousa , sempre de resposta pronta , riposta : - E … e… a Ponte , carago ? !!... 
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Contada por Helder Pacheco no JN com pequenas" adaptações " da m/ autoria . Abraço , amigos .

2016 05 16 foto victor nogueira - O SÉCULO O JORNAL DE MAIOR CIRCULAÇÃO EM PORTUGAL - MODAS & BORDADOS - CINÉFILO - VENDEM-SE AQUI --- A placa da esquerda estava na loja duma colega da Celeste, quando deu aulas na Canha, ali perto de Vendas Novas. 

Da Canha retenho duas histórias. Uma, a da velhota surda que inventava o enredo das telenovelas, comentando que não era pessoal da Canha, pois não os reconhecia. mas sim de Vendas Novas. Para ela o mundo acabava pouco adiante. 

Tal como para os alunos da Celeste, no Monte da Arouca (posteriormente UCP Soldado Luís), perdido nas margens do Rio  Sado, de arrozais e montado, de acesso difícil, que ficaram admirados a vez que com a professora  foram a Alcácer do Sal, a poucos km, espantadíssimos com o "monstro" que para eles foi o comboio visto pela 1ª vez.

A outra da Canha passou-se com o idoso latifundiário e  médico do povoado, que ao ver as radiografias que mandara fazer à professora, comentou ao vê-las: "A senhora tem o estômago a desfazer-se", acrescentando "Mas o melhor é ir consultar outro médico que de radiografias nada percebo", deixando a doente muito apoquentada até à nova consulta, mas em Évora.

Da UCP Soldado Luís retenho a história dum trabalhador idoso, que estava eternamente reconhecido ao patrão Lince, o latifundiário, porque uma vez partira uma perna ao trabalhar e fora por este levado no jipe ao hospital na vila. Considerava isso um grande favor que lhe fora feito pois em seu entender o patrão não tinha essa obrigação..

As duas placas da direita foram por mim retiradas dum prédio em ruínas, ali em Paço de Arcos, perto dos "Queques da Linha", conjuntamente com um camião de madeira  abandonado entre os destroços, que faz parte do meu Museu do Brinquedo.


2011 05 16 Album Uncle Sam - Cartoons

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