Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

fontenários e chafarizes 12 - Leiria

 * Victor Nogueira



 Painel de azulejos junto a um muro perto do rio Lis





A Fonte das 3 bicas, ou Fonte das Carrancas, ou Chafariz Grande, erguido no século XVII, é uma construção barroca com uma bacia central (com três carrancas clássicas) e dois bebedouros para animais. À frente há um varandim de quadrilóbulos, que cinge nos graus de acesso. Sobre as carrancas que jorram a água, encontra-se uma estátua de Santo António. A este chafariz está ligado o dito: "Se bebes das três bicas, em Leiria ficas ", como há similares noutras povoações. Em Luanda, por exemplo, abastecida pela água do Rio Bengo, dizia-se: "Quem bebe água do Bengo a Luanda volta ou nela fica."

Rolos 345 e 346

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