Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

fontenários e chafarizes 06 - Vila Fria e Porto Salvo

 `* Victor Nogueira

Vila Fria


Vila Fria - Fontanário (rolo 221 - 1997) 





Chafariz do Canejo, na Quinta do Torneiro - Entroncamento da Estrada da Quinta do Torneiro com a Estrada de Paço de Arcos (rolo  221 - 1997)

Porto Salvo



Porto Salvo -  chafariz (rolo 219) 

São de 1937 os azulejos que embelezam este chafariz, produzidos pela Fábrica de Sant'Ana. Os da fachada principal retratam a ruralidade da vida de Porto Salvo naquela época.  Um dos painéis, situado nas traseiras do chafariz, tem como tema a escola primária que funcionava a escassos metros

Vila Fria (Porto Salvo): é um típico bairro clandestino de vivendas de pessoas pobres ou de modestos rendimentos, com ruas estreitas e tortuosas onde mal cabem dois carros, pois todo o terreno tem de ser aproveitado para loteamento. 

À entrada,, na Estrada de Paço d'Arcos, uma fonte atesta a benemerência dum proprietário agrícola, um tal Isidoro da Costa, que no século XIX e à sua conta a construiu à entrada da herdade para serventia do povo; trata se do Chafariz de Canejo, cerca da Quinta do Torneiro, que da estrada se não avista, para lá do portão gradeado.

Em Vila Fria uma bica com azulejos, que também predominam nas fachadas das casas, chama a atenção. 

O Palácio da Pena em Sintra é um motivo dominante nesta região, talvez porque a massa imponente da serra se impõe lá para ocidente. As ruínas duma quinta com capela privativa chamam por enquanto a atenção do passante. (Notas de Viagem, 1998.01.31)



Ruínas do edifício da quinta acima referida (rolo 221 - 1997)

A Quinta do Torneiro é constituída pela casa e jardins, séc. XVIII, Esta Quinta outrora proporcionou riqueza e lazer a famílias nobres da capital, aliando zona de recreio de pátios e jardins à zona agrícola de pomar e regadio. Constitui um marco simbólico da vivência rural.  Presentemente (2020) a Quinta organiza eventos, designadamente casamentos. Vistas do seu interior podem ser encontradas em https://www.quintadotorneiro-eventos.com/porque-casar-em-portugal
 

Portão da Quinta do Torneiro  (rolo 221 - 1997)

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