Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Fotos de capa em janeiro 05

 ` * Victor Nogueira


2021 01 05

AUTO RETRATO EM PASSATEMPO
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Com nariz grande, olhar estrelado,
Baixo, cabelo negro, ondulado,
Magro, moreno, mui desajeitado,
Nada ou p'la vida sempre perdoado.
Buscando amizade, mau achado,
Agindo calma ou mui despeitado,
O êxito logrou, mal torneado,
Com persistência e pouco alegrado.
.
Tolerante, mas não libertário,
Conduzindo, longe da multidão,
Na vida procurando liberdade.
.
Em tudo mal, buscando seu contrário,
Com ar sério ou risonha feição,
Mal sente, co'a razão, felicidade.
.
1989.09.10 - Setúbal
Foto victor nogueira - gaivotas em terra com céu azul cinzentonho e nublado, em 2021 01 01


2021 01 05 João Cutileiro (1937 / 2021) - Foto Victor Nogueira
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A primeira vez que vi D. Sebastião, em Lagos, pareceu-me um motard que tivesse tirado o capacete, pousado a seus pés. Encantaram-me as esculturas que estiveram expostas junto à Sé e à Pousada dos Lóios, em Évora, a long time ago. Não gostei da comemorativa do 25 de Abril, no cimo do Parque Eduardo VII, em Lisboa. Estas são as que registei fotograficamente, nas minhas andanças.


2020 01 05 - 1965 janeiro 04 / 05 - Em Luanda, na Praia do Bispo, comemoração do 19º aniversário meu e 45º da minha mãe - na foto João Seabra, D. Noémia Castelo, e Jorge Castelo, os Coimbra, os Sequeira, os Antunes, os Orquídio Silva, os Fardilha, Armindo Gonçalves e Maria José, os Martins e o contabilista das Obras Públicas e família.

No telheiro no quintal das traseiras, onde normalmente almoçávamos, jantávamos ou jogávamos, vendo-se o quadro preto para estudos e que o meu irmão utilizava para os seus desenhos.


2020 01 05 foto de família - em Setúbal, no Parque da Comenda, na Foz da Ribeira da Ajuda

VER

a ribeira da ajuda e o complexo romano da Comenda



2018 01 05 


2017 01 05 foto jjcf - em Carcavelos


2016 01 05


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2016 05 01

RAÍZES
"Maianga Maianga
Bairro antigo e popular
Da velha Luanda
Com palmeiras ao luar ..."
''A Praia do Bispo
Cheiinha de graça
De manha á noite
sorri a quem passa ..."
(das Marchas Populares em Luanda)
Longo era o bairro ao longo da marginal
Longo era o bairro do morro de S. Miguel ao morro da Samba
Grande era o bairro e grandes as casas
No meio o bairro operário e a igreja de S.Joaquim,
estreitas as ruas, pequenas as casas.
Nas traseiras, o morro,
no alto o Palácio,
Na frente a larga avenida,
o paredão, as palmeiras e os coqueiros
a praia que já não era do Bispo
mas das pedras, dos limos e dos detritos.
Mais além a ilha que era península
com a sanzala dos pescadores
casas de colmo no areal
da extensa e boa praia
o mar sem fim.
Em Luanda nasci
Em Luanda vivi
Em Luanda estudei
Não Angola mas Portugal
Todos os rios e afluentes
Todas as linhas férreas e apeadeiros
Todas as cidades e vilas
Todos os reis e algumas batalhas
as plantas e animais
que não eram do meu país.
De Angola
pouco sabiamos
até ao 4 de Fevereiro, até ao 15 de Março
Veio a guerra e
a mentira
que alimenta
a Guerra,
Veio a guerra e a violência
veio a guerra e a liberdade.
Em Évora a 11 de Novembro
Em Luanda a bandeira do meu país
no mastro subiu.
Era o tempo da liberdade e da esperança.
No Porto
Em Lisboa
Em Évora estudei
Em Évora casei
Em Évora vivi e nasceram o Rui e a Suzana.
Em Setúbal moro e no Barreiro trabalho
Perdidos os amigos,
perdida a infância
Estrangeiro sem raízes sou em Portugal.
82.01.13 comboio Setúbal/Barreiro
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2015 01 05 - 2014 01 05

2014 01 05
2014 01 05
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2014 01 05
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2012 01 05

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