Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Fotos de capa em janeiro 13

 * Victor Nogueira



2022 01 13  Mindelo - pôr-do-sol


2021 01 13 Vila do Conde Farol na foz do Rio Ave 


2020 01 13 foto victor nogueira - igreja (românica) de S. Martinho de Cedofeita, no Porto  (2016.12.11)
Nesses tempos medievais Cedofeita era um longínquo arrabalde do burgo, este centrado em torno da Sé e à beira-Douro.

VER 

em torno da Igreja (românica) de Cedofeita, no Porto



2018 01 13 foto victor nogueira - pôr do sol em Setúbal

VER   

Pôr-do-Sol no Kant_O_Photomatico - colectânea



2017 01 13 foto victor nogueira auto-retrato em paço de arcos em 2017.01.13 - nas fotos à esquerda os meus avós paternos, Alzira e Zé Luís


foto victor -Mindelo (pôr-do-sol) - Parece mas não é nem pintura a óleo nem pastel Não, não é o Mindelo de Cabo Verde, que foi bscar o nome a este, entre Vila do Conde e o Porto,  onde teriam desembarcado as tropas liberais de Pedro IV, no século XIX.


2014 01 13 Foto Victor Nogueira - sombras em Setúbal


2014 01 13 foto victor nogueira, em Setúbal

Esteve hoje o dia soalheiro, luminoso, de céu azul mesclado com flocos de nuvens branco cinza claro, de vários cambiantes, numa panorâmica de Palmela à Mitrena e à Central Termo-Electrica, sem esquecer o estuário do rio sado, para montante. Os pombos esvoaçavam rápidos e as poucas gaivotas perpassavam em voos planados, elegantes, por vezes animados com o bater das asas. As esplanadas estavam abertas e os miúdos corriam e jogavam lá em baixo, na relva do parque verde. Apesar da distância, era uma chilreada como a do tempo em que à porta do prédio uma frondosa árvore acolhia na sua ramagem multidões de aves saltitantes. Mas uma tempestade derrubou há anos - ali  no largo - uma série de árvores que foram substituídas, menos esta de que falo. Era o tempo em que as andorinhas ainda passavam por esta cidade e faziam ninhos nos beirais. Hoje as andorinhas desapareceram, de setúbal, de lisboa, de paço de arcos ...

A noite caíu e como o ar está translúcido, para lá da janela as luzes cintilam como pirilampos, nítidas, e o luzeiro que avisto lá ao longe será talvez Alcochete ou o Montijo, pois o Barreiro e o Seixal estão encobertos pelo monte no qual se alcandora o castelo de Palmela, na serra dos barris.

A gripe continua, mas espero vencê-la. E confesso a minha profunda emoção, não só pelas palavras gentis que ontem deixaram na foto anterior como, sobretudo, pelas multidões que me bateram à porta para uma visitinha, sorridentes e calorosas, umas com umas bebidas, outras com remédios caseiros dos tempos das vóvós, e não poucas com docinhos e guloseimas caseiras. A casa foi pequena para uma tal enchente, mas sempre se arranjou lugar para todo o pessoal, a música em surdina. Bem hajam !
Beijos às mocinhas e abraços aos rapazes. Voltem  sempre !

em tempo - a foto de ontem, de que se fala acima, já a seguir
 




2013 01 13 Foto Victor Nogueira - Lisboa - pôr do Sol na antiga fábrica da electricidade

Foto Victor Nogueira - Lisboa - pôr do Sol na antiga fábrica da electricidade ~~~~ De Eugénio de Andrade ~~Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.~
~~~~~~~~~~~~~~
De Victor Nogueira ~~ RIEN QUE LA VERITÉ ~~~~
EU SOU EU
TU ÉS TU
ELE É ELE
ELA É ELA
TUDO O RESTO É ILUSÃO E/OU
INGÉNUA BOA VONTADE
.
Victor Manuel
.
QUE É A VERDADE?
.
1971.JAN.26
Évora






Sem comentários: