Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 25 de setembro de 2010

Fotografia de Jorge Ricardo no Hotel Palace do Capitão

Setembro 23rd, 2010 in Jornal das Caldas. Edição On-line 
Momento da inauguração
Momento da inauguração
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Esteve patente no Hotel Palace do Capitão, em São Martinho do Porto, uma exposição de fotografia de Jorge Humberto Ricardo.
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Intitulada “Infinitos”, a exibição fotográfica surpreendeu pela positiva, superando as expectativas a nível de venda e visitas.
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Jorge Humberto Ricardo nasceu em Évora de Alcobaça em 1964. Estudou em Alcobaça, na Escola Secundária D. Inês de Castro, sem contudo ter concluído o 12º ano. Apaixonou-se pela fotografia durante a adolescência, tendo comprado a primeira máquina fotográfica SLR, com dinheiro ganho nas férias de Verão, ainda durante a frequência do ensino secundário. Abandonados os estudos, continuou a fotografar apenas por passatempo, enquanto ia trabalhando em diversos empregos.
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Em 1988, inicia a carreira de fotógrafo comercial, que vem desenvolvendo até hoje. Inicialmente focado na fotografia social, começa também a fotografar produtos para as empresas de cerâmica, então abundantes na região de Alcobaça.
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Em 1989, conhece o fotógrafo Carlos Marques e frequenta o 1º Curso de Fotografia Industrial, Publicidade e Moda na sua “Oficina da Imagem”, ficando a partir daí (e até hoje) obcecado pelo rigor na composição e iluminação da imagem.
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A partir desta altura, centra a sua actividade na fotografia industrial e publicitária, tendo como clientes algumas das empresas mais importantes da região.
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Em 1994, inicia a colaboração com a revista “Ceramicexport”, que mantém até à sua extinção em 2007, tornando-se conhecido no meio como “o fotógrafo da cerâmica”.
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Em 2001, inicia a colaboração com a “Exposalão”, como “fotógrafo oficial”, que ainda mantém. É também nesse ano que produz a fotografia para o livro “A Loiça de Alcobaça”, de João da Bernarda (Edições ASA).
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Ao longo dos anos tem tido pequenas colaborações na área do fotojornalismo, destacando-se a primeira página do jornal “Região de Cister”, sobre as cheias de Maio de 2000 em Alcobaça, e uma colaboração continuada, iniciada em 2007, para o sítio da “Rádio Batalha”
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Com vasta experiência em quase todas as áreas da fotografia, não admira as várias solicitações que foi tendo ao longo dos anos para mostrar o seu trabalho pessoal ao público. No entanto, e por considerar que uma exposição de fotografia não deve ser apenas um conjunto de imagens dispersas, nunca se sentiu em condições de aceitar tal desafio.
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Só no início de 2010, ao dispor algumas fotos em cima de uma mesa, descobre o conceito que as ligava entre si, e que no fundo está presente na sua forma de fotografar, desde sempre. Decide então organizar finalmente a sua primeira exposição, a que chamou “Infinitos”, usando essas imagens e mais algumas que capturou já consciente do tema da exposição.

Carlos Barroso
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http://www.jornaldascaldas.com/index.php/2010/09/23/fotografia-de-jorge-ricardo-no-hotel-palace-do-capitao/
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