Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

"encenações" ao longo do ano e dos anos

* Victor Nogueira

Ao longo do ano e não apenas no Carnaval se fazem encenações, como as que se ilustram de seguida, embora a primazia seja nas festas natalícias, inicialmente pelo Nogueira da Silva, cujo sucessor foi o Rui Pedro, a partir de certa altura acolitado por um ajudante, o Cisco Kid, agora para gáudio do João. e, em breve, daqui a uns meses, também da Mariana. Salvo indicação contrária, o fotógrafo é o editor deste post.

«A Susana, acabada de acordar, veio até aqui perguntar se eu andava a escrever o meu diário, emitindo a douta opinião de que os diários só se escrevem ... ao fim do dia e não a meio da manhã. Quanto ao Rui  apareceu agora dizendo que era um hippie, de tronco nú, vestido com as calças de ganga,  um colete da irmã e as joias artesanais dela ao pescoço e nos braços. É o ai Jesus da Alexandrina, que o trata como o menino da avó, com ternurinhas e cuidados risonhos, coisa a que não está muito habituado.» (MMA 1993.08.20)

Numa das fotos abaixo,  a gabardina branca, à Humphrey Bogart, é já uma peça histórica. Era do meu pai, nos anos '40, no Porto, e trouxe-a comigo para Portugal, nos idos de '66. Ainda existe. A pistola era de alarme. Uma vez foi "apreendida" pelo meu pai. Este costumava comer a sopa segurando o prato a meia altura e eu, de súbito, disparei a pistola, e ele, com o sobressalto, enfiou a cara na sopa. Resultado, fiquei sem arma, inapelavelmente.
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Na taberna (Exposição "O Homem e o Trabalho"), em Setúbal



Foto Fátima Pereira



Pais Natais e seus ajudantes

O guitarrista

o
O ilusionista

O cowboy

O detective e lavadeira Maria , em Luanda




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