Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

domingo, 18 de abril de 2021

Setúbal e o Bairro Carmona (Afonso Costa)

 * Victor Nogueira 





Casas térreas na Rua Afonso de Albuquerque

Nos anos '40 do Século XX (198) , na periferia oriental da cidade, onde proliferavam e até pouco depois do 25 de Abril existiam bairros de lata albergando a população setubalense, o Estado Novo construiu dois bairros residenciais. 

Um, destinado à pequena burguesia, foi o Bairro N.. Sra da Conceição, de vivendas geminadas de dois pisos e um pequeno quintal, servido por um Mercado Municipal, 

O outro foi o Bairro Carmona (rebaptizado com o nome de Afonso Costa), com vindas térreas ou de dois pisos, geminadas., separadas popr amplos espaços. As vivendas térreas estavam decoradas com azulejos de tom acastanhado, com motivos diversos, especialmente  com temática animal ou floral. As assoalhadas das casas de qualquer um destes dois bairros eram minúsculas.

Cada um destes dois bairros era servido por uma Escola Primária.

O Bairro Carmona foi demolido e no seu local erguida uma urbanização com prédios de 4 pisos, em regime de propriedade horizontal, circundando pátios interiores. Contudo permaneceram as vivendas térreas na faixa Norte da Rua Afonso de Albuquerque e na toponímia a Rua do Bairro Afonso Costa.

Do  entulho da demolição ainda consegui salvar alguns dos azulejos.





Sobre o antigo Bairro Carmona pode ver https://troineiro.blogspot.com/2016/02/o-antigo-bairro-carmona-aquela-decada.html



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