Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Capela de S. Roque, em Vila do Conde

* Victor Nogueira


A Rua do Lidador ladeia o Largo de S. Roque e deste parte a Rua do Fraga, ate à zona ribeirinha.  A Capela de S. Roque foi «Feita pelos devotos desta Vila pela peste de 1580», de acordo com inscrição nela existente, Segundo Marta Miranda no seu livro «Vila do Conde», em 1580 provocou a morte de aproximadamente 700 habitantes da Vila. Perante tamanha mortalidade os sobreviventes decidiram erguer no centro da povoação uma capela a S. Roque, o santo protector contra as epidemias, cujo culto era compartilhado com o de Nossa Senhora do Pilar.

Esta devoção é atestada por outra inscrição: «Esta obra de azulejos mandaram fazer os devotos de Nª Sª do Pilar no ano de 1746». A fachada é simples, com pórtico de arco volta perfeita e abertura encimada pela divisa dos jesuítas – JHS: “Jesus Huminum Salvator”. O templo tem uma única nave com a capela-mor revestida a talha dourada, Preside, no trono a imagem de S. Roque. A imagem de Nossa Senhora do Pilar encontra-se no Museu de Arte Sacra. O púlpito, da autoria de João de Castilho, é proveniente da Igreja Matriz de S. João Baptista pois Joaquim Pacheco Neves, no seu livro «Vila do Conde» relata terem “os membros do Senado da Câmara de Vila do Conde na sua reunião de 7 de Agosto de 1720, acordaram que se desse o púlpito velho da Igreja, de pedra, para a capela de S. Roque, por ser deste povo e na dita capela haverem muitas festas do povo.” 

No exterior e do lado da Rua do Lidador encontra-se a 8ª Estação da Via Sacra.






(8ª estação da Via Sacra)












(púlpito de João de Castilho)


(Rua do Lidador, vista do interior da Capela de S. Roque)


fotos em 2016.06.23

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