Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 25 de maio de 2020

coretos 18 - Tui (Galiza)

* Victor Nogueira

Por uma ponte de ferro, com trânsito alternado devido à sua pouca largura, já sem posto fronteiriço, passamos para Espanha, para a cidade de Tui, uma povoação de pedra, escura e pesada como são as do húmido Norte, com ruas estreitas e tortuosas, aqui e além um arco atravessando uma ruela. 


Sobressai na lembrança uma imponente e pesada igreja com rosáceas, defronte a um terreiro, e as casas ao longo das ruas, com a elegância dada por varandas salientes, de ferro, envidraçadas, novidade para mim. A igreja é uma catedral fortaleza românico gótica, símbolo da ligação entre os poderes espiritual e temporal, da confusão entre senhorios da Igreja e terratenentes medievais, de que as ordens religiosas e militares são também testemunho. No Paseo de la Corredera, uma das praças da cidade na avenida principal,  encontro um coreto, que fotografo já de noite  (1997.08.21 e 1998.06.07)

foto victor nogueira - Tui (Galiza) - coreto - rolo 349 - (1998.06.07)

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