Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 18 de maio de 2020

coretos 09 - Vila Verde (1998)

* Victor Nogueira


Foto Victor Nogueira - Vila Verde coreto rolo 347 (1998.06.07 .

Os coretos são normalmente estruturas "leves", com aspecto dinâmico, de ferro forjado, muitas vezes rendilhado. Mas há também os de betão armado, como o da Serra do Bouro e este, em Vila Verde, com ar pesado, atarracado, pouco atraente.

VILA VERDE
Vila Verde, perto do rio Homem, é uma povoação modesta e plana, com um largo central rectangular (Largo da Feira), arborizado, com comércio lateral. Lá comprei um pijama e camisa de flanela, em pleno verão, por estar cheio de frio devido a uma gripe. Creio que foi nesta povoação que Joana Princesa teve de comprar roupa interior, muito aborrecida, porque nada de elegante e atraente havia( à venda. (Memórias de Viagem, 1997) 

Trata-se duma povoação sem edifícios notáveis, atravessada por comprida avenida arborizada, o Largo da Feira, em cujos arredores se situam muitos vestígios castrejos. (Notas de Viagens 1998,06.07)

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