Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Persistência da memória

* Victor Nogueira



Diz-me Penélope que as violetas da minha tia Lili continuam viçosas, as violetas que me pediu como lembrança depois do seu falecimento.

Desde a minha juventude até 2017 a Lili conheceu não poucas das minhas amizades e a casa dela esteve sempre aberta a todas elas, desde o Zamith, dos bancos da "primária" em Luanda, e a Emília, das aulas em Económicas, em Lisboa, passando pela malta do Arcada, em évoraburgomedeval, até ao Gilberto e o Filipe, sem esquecer a minha Mana Flor, já falecida, e Penélope.

Os que partiram continuam vivos enquanto estiverem na memória dos que os conheceram e com eles con-viveram!

Foto - Penélope
Setúbal, 2010.05.06

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