Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A história contada pela arte da fotografia



Almanaque / Notícias
    Paraná on line - 05/01/2010 às 00:00:00 - Atualizado em 05/01/2010 às 11:07:34

    A história contada pela arte da fotografia

    Cintia Végas
    Arquivo pessoal

    Posição estudada, visual caprichado, seriedade. Marcas desta fotografia do século XIX. No verso (dir.), vê-se que o retrato mescla foto e pintura.
    .
    O contraste existente entre as fotografias tiradas no século XIX e as fotografias atuais é tema de pesquisa realizada pelo historiador Marco Antonio Stancik, que é doutor em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
    .
    Ele mantém um acervo próprio de fotos antigas - adquiridas em sebos, acervos e junto a comerciantes - que revelam, através de imagens, um pouco da história do Paraná.
    .
    Arquivo pessoal

    Os trajes e poses deste casal são adequados ao momento solene.
    .
    “Busco utilizar a fotografia como um documento de pesquisa do historiador. Muitas vezes, entre os historiadores, as fotos são utilizadas mais como ilustração. Tento mudar isso, fazendo leituras do que as pessoas que se deixaram fotografar e os fotógrafos tentaram transmitir ao futuro. As fotos nos auxiliam a perceber aspectos da história que não são perceptíveis através de outras ferramentas, como documentos escritos”, conta Stancik.
    .
    As primeiras fotografias foram obtidas na França, entre os anos de 1839 e 1840, sendo denominadas daguerreótipos. Eram montadas em chapas de cobre e colocadas em estojos. “A fotografia surgiu como um recurso para obtenção de retratos e era inacessível a grande parte da população. Só se tornou mais acessível no final do século XIX.”
    .
    Arquivo pessoal

    O retrato do soldado detalha até a hora da foto: posar era um evento.
    .
    Em sua pesquisa, o historiador cita os fotógrafos itinerantes que passaram por Curitiba, entre eles Cincinato Mavignier, Henrique Deslandes, José Maria Barreto de Menezes, João Nogueira e Walter Sutton Bradley.
    .
    Entre os fotógrafos que se estabeleceram na cidade estão Adolpho Volk e os irmãos Joseph e Augusto Weiss. “Muitas pessoas têm fotos tiradas nos estúdios de Adolpho Volk e dos irmãos Weiss em seus álbuns particulares”, afirma.
    .
    Segundo o historiador, no passado a fotografia era cercada de um amplo ritual, que envolvia cenários e poses e davam uma ideia de como as pessoas do passado compreendiam o mundo.
    .
    As dificuldades encontradas pelos fotógrafos do passado contrastam com as facilidades de hoje, obtidas através da fotografia digital, acessível a grande parcela da população.
    .
    .
    http://www.parana-online.com.br/editoria/almanaque/news/419584/?noticia=A+HISTORIA+CONTADA+PELA+ARTE+DA+FOTOGRAFIA
    .
    .

    Sem comentários: