Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Eduardo Gageiro em exposição na livraria Círculo das Letras



Fotojornalista mostra “Silêncios”
.
Público - 18.01.2010 - 13:50 Por Lusa
.
Uma selecção de trinta fotografias de Eduardo Gageiro captadas nos últimos 50 anos foi reunida na exposição “Silêncios” que é hoje inaugurada na livraria Círculo das Letras, em Lisboa, com a presença do fotojornalista.
.
As imagens são retiradas do livro “Silêncios”, com duas centenas de fotografias, acompanhadas por textos da escritora Lídia Jorge, lançado em 2008 na Mãe d’Água, em Lisboa.
.
Na altura, numa entrevista à Lusa, Gageiro, agora com 74 anos, observou que aquele era o mais intimista dos seus livros porque tinha sido criado num período em que se sentia muito debilitado, depois de ter sido confrontado com uma doença oncológica em 2007.
.
Imagens captadas um pouco por todo o mundo, na natureza, crianças, pessoas que se destacam sozinhas na paisagem urbana - entre elas uma de António Oliveira Salazar inédita - revelam momentos de introversão ou isolamento com que Eduardo Gageiro se identificou num momento difícil da vida.
.
A partir de hoje, uma nova selecção de trinta fotografias de “Silêncios” pode ser vista na Círculo dos Livros, na Rua Augusto Gil, onde ficará patente até 6 de Fevereiro.
.
Na inauguração, às 19h00, além do autor, vai estar presente Maria Antónia Palla para falar sobre a obra de Gageiro, uma das grandes referências do fotojornalismo em Portugal, galardoado com mais de trezentos prémios.
.
Durante toda a carreira - trabalhou como fotojornalista, entre outros, no “Diário de Notícias”, “O Século Ilustrado”, revista “Sábado” - Eduardo Gageiro interessou-se pelo drama humano. Marcaram-no, por exemplo, as expressões dos antigos operários a pedir esmola em frente à conhecida Fábrica de Loiça de Sacavém, onde nasceu. E foram as expressões das pessoas, espelho de sentimentos vários, que quis captar com a máquina fotográfica, optando pelas imagens a preto e branco.
.

Lisboa 1965  - Eduardo Gageiro
.

Sem comentários: