Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Livro revela um “novo” Rio dos Sinos em fotografia: descubra

Livro revela um “novo” Rio dos Sinos em fotografia: descubra

publicado 16/12/2009 às 13:43 - Atualizado em 16/12/2009 às 16:26 -  
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Livro revela um “novo” Rio dos Sinos em fotografia: descubra thumbnail
Obra do fotógrafo Guto Maahs e do jornalista Martin Behrend destaca belezas da bacia hidrográfica composta por 32 municípios. Uma homenagem prestada ao sinuoso, Sinos!
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Felipe de Oliveira felipe@novohamburgo.org
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Nasce límpido no Caraá. Banha Novo Hamburgo, São Leopoldo… Deságua no Guaíba. É o Rio dos Sinos. Atraiu colonizadores que ajudaram a construir o Rio Grande do Sul.
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Suas águas já foram mais cristalinas lá, mais turvas aqui… Se é verdade que peixes morreram, tantos outros nasceram. E reproduziram. Uma história digna de homenagem?
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O fotógrafo Guto Maahs (foto) e o jornalista Martin Behrend, respondem. Lançam no primeiro semestre de 2010 um inédito livro de fotos destacando as belezas do rio que deu nome ao Vale do Sinos, não por acaso. Aliás, uma das regiões mais importantes do Estado. Projeto e edição são da produtora Um Cultural.
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Mais de 1,3 milhão de habitantes – 12% da população gaúcha. Um PIB per capta de R$ 17.538,00 (dado de 2006). Quase oitenta mil empresas. Só com informações históricas e econômicas seria possível justificar a obra. Os autores preferem, no entanto, a natureza e a complexidade do Sinos. Mostrar uma face pouco vista mesmo por quem passa por ele diariamente. Pelo menos é o que contam ao Portal novohamburgo.org. Afinal, quem conhece, preserva!
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O FOTÓGRAFO

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Guto Maahs começou a carreira trabalhando com Ita kirsch e João Ricardo. Em 2000, a exposição Sumaj Jallpa - Uma viagem ao Deserto de Atacama retratava sua passagem pelo Chile. Produziu imagens para livros do poeta Rafael Vecchio e para o projeto Poesia na Escola, da Prefeitura hamburguense e Fundação Abriq. Expôs, em 2006, no Salão Jovem Artista, do Museu de Artes do Rio Grande do Sul – Margs e Grupo RBS. Currículo não falta.
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E por que fotografar o Rio dos Sinos? “A possibilidade de fazer uma expedição pelo rio era um sonho dos tempos de criança”, confessa Guto. “O livro pode servir como uma ferramenta de conscientização ambiental.” Antecipa ainda o que pretende mostrar. “As pessoas só conhecem o rio pela ponte que passam. A intenção é revelar que ele está vivo.” Promete um “novo” rio sem maquiar a realidade. “Não podemos esconder os problemas.”

O ESCRITOR

martinMartin Behrend (foto) foi editor da revista Expansão e hoje é diretor do Jornal de Gramado, do Grupo Sinos. Lança seu segundo livro, depois de O 5 de Abril – O primeiro jornal de Novo Hamburgo. “Tenho muita vontade de escrever mais. Quando recebi esse convite, achei muito oportuno. Logo disse sim”, revela o jornalista. E vai mais longe: “As pessoas vão se surpreender com a perspectiva que estamos mostrando”.
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Poesia, ficção e informação jornalística compõem os textos. “Li muito. História, livros que remetiam ao rio… Fui a campo. Consultei o jornal sobre episódios passados”, explica Behrend. Também não esconde os problemas, mas diz que a obra será um divisor de águas. “Estou entusiasmado. Serão descobertas belezas que nem se imagina que estão tão próximas. Vamos ajudar a mudar conceitos.”

SINUOSO, SINOS

sinos_sinuosoVocê nunca se perguntou como surgiu o nome Rio dos Sinos? A resposta mais provável remete a sinos de igreja. Será? Talvez, não. Há historiadores que defendem Sinos referindo-se às sinuosas curvas do rio. Derivaria do latim Sinus (sinuoso). A versão ligada à religião tem supostos sinos dos jesuítas encontrados nas águas. Seja qual for a origem do nome, o certo é que 32 municípios compõem a bacia hidrográfica.
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Conforme o Comitesinos, o rio tem nascente no Caraá, ao lado de Santo Antônio da Patrulha, e foz em Canoas. São 190 quilômetros de percurso. A Um Cultural contratou pesquisa junto ao Centro Universitário Feevale para levantar aspectos que envolvem história, geografia, economia e cultura. O resultado do trabalho baliza a produção do livro.
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INVESTINDO EM CULTURA

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O Ministério da Cultura é o financiador, com base na Lei Rouanet, e o patrocínio exclusivo é do Consórcio Nova Via. A Um Cultural editou também Novo Hamburgo – a cidade se revela, dos fotógrafos Joel e Isa Reichert e do escritor Henrique Schneider, na mesma condição, só que com patrocínio da AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia. “Ferramentas como a Lei Rouanet e apoios como o do Consórcio Nova Via e da AES Sul são fundamentais para o desenvolvimento cultural”, avalia Daniel Henz, sócio da produtora hamburguense.
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SURPRESA: foto do Rio dos Sinos em São Leopoldo revela imagem pouco vista
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FOTOS: divulgação / Marcio Nascimento / Guto Maahs
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http://novohamburgo.org/site/destaques/2009/12/16/livro-revela-um-%E2%80%9Cnovo%E2%80%9D-rio-dos-sinos-em-fotografia-descubra/
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