Uma nuvem e um vulcão dão prémio de fotografia da National Geographic a fotógrafo português
Estava a chegar à cidade indiana de Jaisalmer, na fronteira com o Paquistão, vindo de uma dolorosa viagem no deserto de Thar na boleia de um camelo, quando decidiu ir consultar o e-mail a um cibercafé. E lá estava a notícia inesperada: Hugo Machado tinha ganho uma das categorias do prémio internacional de fotografia da National Geographic.
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“Concorri porque a minha mãe e uma grande amiga minha quase me obrigaram diz sobre a fotogrtafia que foi eleita a melhor, entre mais 200 mil, na categoria de lugares. “Acabei por concorrer a duas categorias: lugares e natureza”. Venceu na primeira categoria.
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A imagem tirada numa viagem em Maio de 2008 foi tirada a 4200 metros de altitude, muito cedo, pelas 7h30, num dia com uma luz especial, conta o fotógrafo amador: “Foi tirada do lado Boliviano. Já lá tinha passado e não havia aquelas nuvens que se vêem na fotografia. Era só eu e um casal inglês que que estava no jipe comigo. Estava no sítio certo na hora certa. Nos Açores já tinha visto uma coisa semelhante no Pico. Penso que nestes cumes isolados este tipo de fenómeno pode acontecer”, diz sobre a nuvem bem definida, quase que parece desenhada, que se pode admirar a pairar, num equilíbrio perfeito, sobre o cume do vulcão.
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Foi esse equilíbrio que impressionou o júri do concurso da National Geographic formado por Mark Thiessen, editor gráfico da edição internacional da revista da National Geographic, Darren Smith, editor da publicação e Maria Stenzel, fotojornalista.
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Hugo Machado, que já tinha concorrido há dois anos ao mesmo concurso, prepara-se agora para ir a Washington receber o prémio, na sede da National Geographic Society, onde terá direito a uma visita guiada personalizada e contactará com profissionais da sociedade ligados à geologia. Há ainda um prémio monetário, no valor de mil dólares, e uma máquina fotográfica Leica para os vencedores.
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Há 10 anos a fotografar, Hugo Machado confessa que se tivesse de escolher uma profissão, para além de geólogo, seria fotógrafo: “Mas até agora tenho conseguido conciliar. Se calhar é bom que fique só como hobby”.
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