Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Dia Mundial da Fotografia

Dia Mundial da Fotografia destaca importância da arte para o registro da história das cidades
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19/08/2010 - 08h02 , Atualizado19/08/2010 - 08h02

O DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA É COMEMORADO NESTA QUINTA-FEIRA, DATA QUE APONTA PARA A IMPORTÂNCIA DE IMAGENS PARA PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA
O DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA É COMEMORADO NESTA QUINTA-FEIRA, DATA QUE APONTA PARA A IMPORTÂNCIA DE IMAGENS PARA PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA


Nesta quinta-feira é comemorado o Dia Mundial da Fotografia. Seja com máquinas sofisticadas, comuns ou até mesmo câmeras de celulares, a fotografia possibilita o registro, através de imagens, da história de uma cidade, a evolução e mudanças ocorridas ao longo dos anos.
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Fotógrafo há 15 anos Gilberto Júnior observa que a fotografia é a memória de uma vida. "É importante para registrar a história, o cotidiano e até o modo de vestir da população. Os fotógrafos precisam se preocupar com isto. Muitas pessoas se dizem profissionais desta área, mas não é tão simples quanto pode parecer. É preciso estudar muito, pesquisar, fazer cursos, saber sobre tratamento de imagens e conceito. Na imagem registrada estará guardada a história de uma vida ou de uma cidade", considera o fotógrafo. 
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A superintendente do Arquivo Público e Histórico de Rio Claro "Oscar de Arruda Penteado", Maria Teresa de Arruda Campos, salienta que, em Rio Claro, é interessante observar através das fotos as mudanças ocorridas, por exemplo, no centro da cidade. 
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"A efervescência cultural vivida no centro com os cinemas, teatro, jardim, sociedades de relacionamento e bares, são alguns desses exemplos perdidos em nome do avanço do capitalismo e da especulação imobiliária. Ficamos reféns desse modo de vida onde não mais vale a cultura e sim o processo compra-venda, não mais vale a história e sim o estacionamento para o acúmulo de carros que transitam no centro e precisam estacionar para ir movimentar seu dinheiro nos bancos e realizar as compras nas lojas", analisa Teresa. 
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Grande parte da memória de Rio Claro está guardada no Arquivo Público. Teresa destaca que a população contribui com o acervo doando fotos, porém, considera que as doações precisam aumentar em nome da preservação da história da cidade. As fotos levadas ao Arquivo são digitalizadas e o original é devolvido, ou ainda o doador pode levar a foto em forma digital, se optar por doar a foto original. 
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"O Arquivo possuiu um bom acervo fotográfico mas ainda há muita fotografia inédita guardada nas casas e instituições. No acervo do Arquivo podemos encontrar, por exemplo, a história do integralismo no Fundo Plínio Salgado, fotos do fotógrafo rio-clarense Copriva, a Coleção Rio Claro com nosso registro histórico, fotos de gestão que são as fotografias feitas nas várias administrações e fotos de algumas das nossas escolas mais tradicionais. O povo de Rio Claro foi generoso para com o Arquivo embora precisemos valorizar ainda mais essas doações com uma garantia de cuidado e preservação", afirma. 
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A superintendente destaca ainda que a autarquia está retomando o processo de digitalização do acervo fotográfico da coleção Rio Claro. A expectativa é que até o próximo ano o processo esteja concluído, o que poderá agilizar as pesquisas. "Retomamos o processo de digitalização uma vez que a formatação ocorrida anteriormente nos computadores apagou o que já havia sido disponibilizado no suporte digital", comenta. 
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Além de preservar o acervo histórico da cidade, o Arquivo Público tem sido responsável também por realizar várias atividades culturais. Entras elas, está o Concurso Fotográfico Rio Claro Revela Sua História. 
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"Realizamos duas edições deste concurso fotográfico e com isso temos o registro atual da cidade sendo construído pelo olhar cuidadoso de sua gente. Os fotógrafos nos pedem mais concursos, dois por ano ao menos. Pretendemos ampliar para esse número em 2011 pois agora, com novos servidores na autarquia, vamos poder avançar ainda mais nesses projetos", acredita a superintendente. 
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Teresa explica que a pesquisa no Arquivo é aberta a todos os interessados, podendo ser realizada no período da tarde. É necessário fazer a solicitação por escrito e, dependendo da facilidade do tema, o material é separado em até um dia.
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Seu Milton e o Dia Mundial da Fotografia

Hoje é um dia de celebração não apenas para os colorados: 19 de agosto é o Dia Mundial da Fotografia. Seja da área de Jornalismo, Artes, eventos ou qualquer outra, tenho certeza de que todos os fotógrafos pararam por algum instante hoje para refletir um pouco sobre o que significa essa atividade para nós e para o mundo. O colega Jefferson Botega, fotógrafo de ZH, por exemplo, publicou um belo texto sobre isso no Focoblog, o blog de fotografia do jornal irmão do DG.
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A ideia inicial era fazer algo semelhante aqui no Diário da Foto, com um breve depoimento de cada colega responsável pelas imagens que você vê diariamente no DG - mas eu desisti rapidamente quando cheguei na Redação e vi isso:
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Você lembra desta pauta, que o DG publicou ano passado? Ela conta a história da amizade entre o tratador Valdir Pinto Machado e o cavalo Macanudo. Abandonado pelo primeiro dono pela sua rebeldia, Macanudo encontrou no Sr. Valdir bondade que precisava para se sentir seguro e feliz. A foto, que na época ainda foi publicada em preto e branco, é esta:
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Crédito: Cynthia Vanzella
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Faz quase um ano que esta reportagem foi publicada. Por isso foi com grande surpresa que a repórter Aline Custódio recebeu hoje a visita do Sr. Milton da Rosa Gomes. Morador de Canoas, ele se emocionou com a história e com a fotografia que ilustrou a matéria. Recortou a foto, fez artesanalmente um porta-retratos, escreveu nele uma linda mensagem e veio pessoalmente pedir que nós o entregássemos ao Sr. Valdir. Uma cartinha escrita a mão para nós diz “esta foto me comoveu, foi uma das mais belas imagens que o Diário Gaúcho já ofereceu aos seus milhares de leitores“.
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Sr. Milton, a sua atitude foi o melhor presente que a equipe de Fotografia do Diário Gaúcho poderia receber num dia como hoje. As fotografias publicadas no DG são feitas para vocês, leitores, e é recompensador saber que elas tocam as pessoas - isso nos faz ter certeza de que estamos no caminho certo.
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Muito obrigada! :) 
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 http://wp.clicrbs.com.br/diariodafoto/2010/08/19/seu-milton-e-o-dia-mundial-da-fotografia/?topo=52,1,1,,186,e186
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Cultura

Biblioteca abre exposição no Dia Mundial da Fotografia - 18/08/2010 12:10

O fotógrafo Mário Augusto abre a exposição “Curitiba mais ou menos”, nesta quinta-feira (19), no hall térreo da Biblioteca Pública do Paraná. A data coincide com o Dia Mundial da Fotografia. A ideia do profissional é “mostrar humanidade em fotos da arquitetura e urbanidade”. A mostra, que reúne 12 fotos, ficará em cartaz até dia 31.

Mário Augusto diz ter o hábito de retratar pessoas ou coisas em abordagem que “namora com a literatura”. Os alvos de suas lentes são as ruas, calçadas, edificações e seres humanos. Em Curitiba, famosa por ser fria no clima e no comportamento dos habitantes, o fotógrafo tenta trazer à tona e em processo de investigação bastante simples, os mais e menos abaixo de zero que não apenas a meteorologia consegue medir.

“É na obra de Dalton Trevisan que a fotografia esbarra nesta nova fase de produção, em paisagens de neblina, garoa e climas que remetem ao reduto clássico do velho vampiro. Ambientado em bares onde pode se detectar a fauna tantas vezes retratada pelo mestre dos minicontos”, diz Mário Augusto. Ele destaca que o flerte com os poetas da cidade é antigo e que veio do veterano das letras Thadeu Wojciechowski a ideia desta Curitiba mais ou menos.

PERFIL – Mário Augusto nasceu em Goiânia, em 1965. Passou por São Paulo onde frequentou a fase áurea do Riviera, nos anos 80, convivendo com cartunistas, cineastas, fotógrafos, jornalistas, poetas e músicos da época mais efervescente da pauliceia. Iniciou na carreira através da Escola Panamericana de Artes-SP.

Mora em Curitiba desde 1992. Trabalhou com fotojornalismo e publicidade. Atualmente dá cursos de fotografia no Solar do Barão pela Fundação Cultural de Curitiba. “Curitiba mais ou menos” é a sua primeira exposição individual após várias coletivas.

Serviço: Exposição fotográfica “Curitiba mais ou menos”

Data: 19 a 31 de agosto

Local: Hall térreo da Biblioteca Pública do Paraná – Rua Cândido Lopes, 133

Áudio:

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http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=58636&tit=Biblioteca-abre-exposicao-no-Dia-Mundial-da-Fotografia
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19 de agosto, dia Mundia da Fotografia

Vivemos em um mundo imagético, a fotografia encontra-se em todos os momentos, em todos os lugares, mas como disse Susan Sontag:
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“Em primeiro lugar, existem em nossa volta muito mais imagens que solicitam nossa atenção. O inventário teve início em 1839, e, desde então praticamente tudo foi fotografado, ou pelo menos assim parece. Essa insaciabilidade do olho que fotografa altera as condições do confinamento na caverna: o nosso mundo. Ao nos ensinar um novo código visual, as fotos modificam e ampliam nossas ideias sobre o que vale a pena olhar e sobre o que temos o direito de observar”.
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Hoje comemora-se o Dia Mundial da Fotografia, ela está em todas as plataformas, de várias formas, cores, tamanhos, mas qual a imagem que marca? Qual realmente sintetiza um evento?
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Sontag também dizia que: “Em época recente, a fotografia tornou-se um passatempo tão difundido quanto o sexo e a dança - o que significa que, como toda forma de arte de massa, a fotografia não é praticada pela maioria das pessoas como uma arte. É sobretudo um rito social, uma proteção contra a ansiedade e um instrumento de poder”. 
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Mesmo com aparecimento de outras formas de exibição (computador, cinema, televisão) a fotografia continua sendo a única a captar a alma, ou como diria Bresson: “O momento decisivo”.
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Fotos - Henri Cartier Bresson
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Postado por J Botega, às 14:40

http://wp.clicrbs.com.br/focoblog/2010/08/19/19-de-agosto-dia-mundia-da-fotografia/?topo=13,1,1,,,13
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