Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 12 de abril de 2021

fotos de capa em abril 12

 * Victor Nogueira


2021 04 12 foto victor nogueira - Sé Velha, em Coimbra


2020 04 12 foto victor nogueira - Lisboa Expo 98  - 1998 08 (rolo 368)


2019 04 12 foto victor nogueira - cabo espichel, em Sesimbra


2019 04 12 - auto-retrato em 2019 04 12 


2017 04 12 2016 04 12 foto victor nogueira - Carnaxide - Igreja de S. Romão

Perto de Carnaxide vindo de Linda a Pastora pela Estrada da Rocha encontra se o Santuário da Senhora da Pedra, ao lado a ribeira de Carnaxide, onde no século XIX (1823), numa gruta, foi descoberta uma imagem da Virgem Maria, que deu o nome ao Santuário. No local há uma pequena mata e um busto do poeta e conselheiro Thomaz Ribeiro, que deu nome ao Largo, perto da velha ponte do Santuário da Senhora da Rocha, de 1883. Anualmente, em Maio, realiza se uma romaria.  

Carnaxide, a 5 km de Algés e 4 km de Queluz, foi outrora terra de trigais. A auto-estrada e o Estádio do Jamor destruíram o bucolismo do vale. Na Serra de Carnaxide existem respiradouros, mãe de água do aqueduto de Carnaxide, elementos visíveis da estrada, que também abastecia o aqueduto das Águas Livres, em Lisboa . No centro da primitiva povoação destaca se a Igreja Matriz de S. Romão e à roda deste templo, no largo Almirante Gago Coutinho, estão as ruas tradicionais e as casas de quinta progressivamente integradas no espaço urbano, como a Casa de Saúde de Carnaxide, antiga Quinta da Igreja. O primitivo centro urbano está muito degradado e descaracterizado, persistindo designações de artérias como becos do Sapateiro e do Machado, travessas do Lavadouro, das Escadinhas, do Lameiro e do 5 de Outubro, calçada do Chafariz, largo  Pátria Nova, rua do Portal das Terras. No adro da igreja de Carnaxide, arborizado, encontra se um coreto, sem coberto, e um chafariz, com um painel de azulejos e brasão de Oeiras, datado de 1952. Nas traseiras deste  se um outro chafariz, este reconstruído na sequência do terramoto de 1755. Um portal duma antiga quinta ostenta ainda uma data do século XVIII. Na rua Visconde Moreira de Rey encontram se a Casa Gabri, onde residiu Camilo Castelo Branco, e o Palacete da Quinta das Torres, revivalista, como se fora um castelo medieval, para além da Quinta do Morval, que outrora integrava as duas anteriores. (Notas de Viagem, 1997)



2015 04 12 foto victor nogueira - Lisboa - Graffitti em Alfama - as varinas, o marinheiro, a falua e o electrico 28 (o amarelo da Carris)

Ouve aqui "O amarelo da Carris", poema de Ary dos Santos, musicado por José Luís Tinoco e interpretado por Carlos do Carmo

O amarelo da Carris
vai da Alfama à Mouraria,
quem diria.
Vai da Baixa ao Bairro Alto,
trepa à Graça em sobressalto,
sem saber geografia.
O amarelo da Carris
já teve um avô outrora,
que era o xora???.
Teve um pai americano,
foi inglês por muito ano,
só é português agora.
Entram magalas, costureiras;
descem senhoras petulantes.
Entre a verdade, os peliscos e as peneiras,
fica tudo como dantes.
Quero um de quinze p'ra a Pampuia.
Já é mais caro este transporte.
E qualquer dia,
mudo a agulha porque a vida
está pela hora da morte.
O amarelo da Carris
tem misérias à socapa
que ele tapa.
Tinha bancos de palhinha,
hoje tem cabelos brancos,
e os bancos são de napa.
No amarelo da Carris
já não há "pode seguir"
para se ouvir.
Hoje o pó que o faz andar
é o pó (???)
com que ele se foi cobrir.
Quando um rapaz empurra um velho,
ou se machuca uma criança,
então a gente vê ao espelho o atropelo
e a ganância que nos cansa.
E quando a malta fica à espera,
é que percebe como é:
passa à pendura
um pendura que não paga
e não quer andar a pé.
Entram magalas, costureiras;
descem senhoras petulantes.
Entre a verdade,
os peliscos e as peneiras,
fica tudo como dantes.
Quero um de quinze p'ra a Pampuia.
Já é mais caro este transporte.
E qualquer dia,
mudo a agulha porque a vida
está pela hora da morte.


2015 04 12 
Rui Filipe Ramos
8 de abril de 2015  · 

LUANDA - “Palácio de Ferro” convertido em Museu do Diamante

Para construção do espaço, construído em 1890, na baixa de Luanda, está calculado um investimento de USD 70 milhões. De acordo com um decreto executivo de 2 de Abril, assinado pela ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, foi estabelecida “excepcionalmente” uma Zona Especial de Protecção num raio de dez metros a contar dos limites exteriores do  Palácio de Ferro. A Endiama anunciou, há precisamente um ano, a construção do museu, na baixa de Luanda, com o mesmo investimento. Angola está entre os cinco maiores produtores de diamantes do mundo em valor e entre os dez maiores produtores em quantidade, sendo este o segundo produto de exportação do país, a seguir ao petróleo.


2014 04 12 
Frank Cappa é um personagem de BD criado por Manfred Sommer, inspirado em Robert Capa, célebre repórter fotográfico que no séc XX cobriu várias guerras e conflitos,- a Guerra Civil Espanhola, a Segunda Guerra Sino-Japonesa, a Segunda Guerra Mundial na Europa e no Norte da África, a Guerra israelo-árabe de 1948 e a Primeira Guerra da Indochina, onde morreu em 1954 ao pisar uma mina terrestre.

Frank Capa, por seu turno, é um repórter fotográfico ou foto-jornalista, correspondente de guerra nos lugares mais turbulentos da Terra, (África, Nicarágua, Indonésia e muitos outros). É um humanista e pacifista convicto, que toma partido pelos mais fracos.

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