Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 8 de abril de 2021

fotos de capa em abril 08

 * Victor Nogueira


2021 04 08 foto victor nogueira - Palmela no horizonte


2020 04 08 Foto victor nogueira - Porto Torre dos Clérigos 1998 06 rolo 351


2019 04 08 foto victor nogueira -d' a horta do Mindelo (Vila do Conde) em  2016.09 - couves, abóboras, batatas, feijão verde, tomate e outros espécimes, para os meus cozinhados)  para lá da oliveira (que só deu azeitonas no 1º ano), do limoeiro e da tangerineira. Esta era a casa de verão do meu avô materno, que antes disso as passava na casa de lavoura dos sobrinhos, em Goios, nos arredores de Barcelos. Sinto-me lá  muito mais em casa e perto do mar que neste aldeia grande e apeadeiro de setúbal, um deserto de pessoas,  onde há décadas desembarquei, por acidente de percurso.


2015 04 08 Foto victor nogueira - Setúbal - doca da pesca


2014 04 08 Foto Victor Nogueira - Setúbal -  Largo da Misericórdia

Aqui se situava o antigo Hospital da Misericórdia, cuja igreja foi demolida já no século XX. A cidade foi quase completamente arrasada pelo terramoto de 1755 – esse, o que chamam de Lisboa – e dos tempos anteriores poucos vestígios conserva. Soterradas, as cetárias romanas, comuns aos estuários do Sado e do Tejo, onde se fabricava o apreciado “garum”, condimento feito de peixe. Para além destas, visíveis, troços das muralhas medieval e setecentista, alguns conventos e palácios, como aquele em que D. João II assassinou o cunhado e poderoso Duque de Viseu, irmão do que viria a ser Duque de Viseu e de Beja e posteriormente rei de Portugal como Manuel I. Fontenários como os do Sapal e de Palhais ou lintéis como os da antiga gafaria, e janelas e portais, simples como os do Hospital de João Palmeiro ou manuelinos – portas e janelas, algumas ricamente trabalhadas como as manuelinas da Igreja de S. Julião e dos antigos conventos de S. João e de Jesus –  este obra de Mestre Boitaca, o da Torre de Belém, e que também interveio nos Mosteiros dos Jerónimos e da Batalha, na Sé da Guarda e na Igreja de Santa Cruz de Coimbra.

O que resta da antiga Misericórdia é ocupado por uma sociedade recreativa centenária, a Capricho Setubalense, proprietária do coreto da avenida Luísa Todi. Para cá da foto e pela encosta acima até S. Domingos fica um dos núcleos primitivos. S. Domingos, Palhais, Troino, eram povoações que o crescimento urbano unificou como urbe. Nesta zona ainda se encontram algumas ruas em que mal cabem duas pessoas lado-a-lado.

Em frente, relativamente à foto, ficam a Ribeira do Livramento, os largos da Ribeira Velha, a do Sapalinho e do Sapal, este agora denominado Praça do Bocage, onde se situam os Paços do Concelho, incendiados na noite de 4 para 5 de Outubro de 1910 e posteriormente reconstruídos.  Setúbal, Moita e Loures anteciparam-se a Lisboa na proclamação da República.


2013 04 08 No antigo Palácio de Cristal, no Porto - o fotógrafo do Século diz que eu estive lá, em 1950 mas juro que me não lembro Na 1ª fila, da esquerda  para a direita - a minha tia Maria Luísa, a minha mãe e o escriba quando criança


2012 04 08 . PCP - Cartaz - Rejeitar o Pacto de Agressão



2012 04 08

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