Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 22 de julho de 2017

Em Vendas de Azeitão

* Victor Nogueira

A meio  encosta e pela Rua de Setúbal que desce do Alto das Necessidades até ao Largo do Chafariz começa Vendas de Azeitão. A Ermida de N. Sra das Necessidades, pertença da Quinta do Alcube, foi construída em 1750, por iniciativa de um antigo morador da vila de Vendas que aqui se fez sepultar O pequeno templo revela bem a intenção do seu promotor: proteger o antigo cruzeiro gótico, de 1474 e que fora concebido como cruzeiro de caminho.

Tem a povoação 3 fontenários ou chafarizes, o mais importante dos quais se situa no Largo do Chafariz, perto da Rua do Poço. Os restantes situam-se na  EN 378, que vai para Vila Fresca.


Ermida de N. Sra das Necessidades (EN 10)











Rua da Paz










Largo do Chafariz


Fonte da Rua Miguel Bombarda






Avenida 25 de Abril  (EN 378)




fotos em 2017.07.21

ADENDA

Segundo o Prof. Pimentel a denominação de Aldeia das Vendas ficou-se a dever à existência de vendas ou lojas junto à estrada do Alentejo para Lisboa que, há séculos atrás, atravessava a povoação.

Relata-nos o Padre Manuel de que em tempos esta aldeia, juntamente com a aldeia de Pinheiros, foi berço de gente famosa. Por volta do século XVI aí habitavam familias de apelidos Antunes, Magalhães, Costa, Passos, etc. Foram naturais de Vendas, nos sécs. XVI e XVII, o Doutor Manuel Pires, o doutor meédico António Pires de Magalhães, o licenciado Padre Teotónio de Almeida, o Dr. João de Passos Magalhães, e sobretudo os músicos Filipe de Magalhães e Sebastião da Costa. Foram ambos mestres de música da capela real e considerados dos maiores músicos dos sécs. XVI e XVII.

Vendas tem alguns sinais so seu passado, tais como alguns portais quinhentistas de cantaria redonda, um registo de azulejos na rua principal e, sobretudo, a Cruz das Vendas, cruzeiro do séc. XV, mandado erigir por Vasco Queimado de Vila Lobos. (in Vendas de Azeitão)

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