Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Margs inaugura mostra de fotógrafos modernistas brasileiros

27 de julho de 2010 | N° 16409 - Hora Zero

FOTOGRAFIA

As linhas da cidade

Margs inaugura mostra de fotógrafos modernistas brasileiros

Fruto da tecnologia, a arte fotográfica já nasceu moderna por excelência. Uma exposição que será aberta ao público a partir de amanhã no Margs mostra os recursos dessa arte aplicados no Brasil por fotógrafos nacionais que direcionaram seus olhares para o grande objeto da modernidade: a cidade.

Realizada com imagens da Coleção Itaú, a mostra Moderna Para Sempre: Fotografia Modernista no Brasil reúne 86 imagens selecionadas pelo curador Iatã Cannabrava, contendo trabalhos de pioneiros do modernismo fotográfico no Brasil, como José Oiticica Filho, German Lorca, Thomaz Farkas, José Yalenti e Geraldo de Barros. São fotografias realizadas entre os anos 1940 e 1970 – o que mostra a chegada do modernismo fotográfico com atraso no Brasil, uma vez que na Europa ele já existia nos anos 1920.

Os trabalhos expostos reinventam o próprio propósito da arte fotográfica até então praticada no país, fugindo do registro de paisagens e personagens e investindo em enquadramentos que aproximam o resultado final das artes plásticas.

– Naquele período, a fotografia era mais ligada ao jornalismo, ao pictorialismo. Nomes como Thomaz Farkas e German Lorca rompem com esse modelo, estão preocupados mais com a forma do que com o conteúdo, pendem para o abstrato, para o surrealismo, para a pesquisa de formas – comenta Cannabrava.

Os trabalhos reunidos na mostra compõem um recorte sobre o movimento fotográfico conhecido como fotoclubismo, surgido da reunião em clubes de fótografos, amadores e diletantes, para trocar informações e ideias sobre a prática fotográfica. O cenário das experimentações é a cidade, transformada, pelo olhar próximo sobre os objetos, em linhas e espaços.

– Para esses fotógrafos, a fragmentação da imagem da cidade, a fragmentação da identidade do indivíduo, foram a base das pesquisas deles. O objetivo era espantar-se com a cidade – comenta Cannabrava.

MODERNA PARA SEMPRE FOTOGRAFIA MODERNISTA BRASILEIRA
Abertura hoje, em coquetel para convidados. Visitação de amanhã até dia 10 de outubro, de terças a domingos, das 10h às 19h. A entrada é franca.
Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Margs) – Praça da Alfândega, s/nº, telefone (51) 3227-2311
A exposição: Uma seleção de 86 imagens produzidas por 26 artistas dos anos 1940 aos 1970, trabalhos que, na esteira do modernismo europeu e americano da década de 20, repensam os limites da arte fotográfica. As imagens fazem parte da coleção de fotografias do banco Itaú.
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http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2984161.xml&template=3898.dwt&edition=15173&section=999
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segunda-feira, 26 de julho de 2010


Mostra “Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú” chega a Porto Alegre

© Foto de Geraldo de Barros. Auto-retrato, 1949.

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul-MARGS, inaugura amanhã, terça feira, dia 27 de julho de 2010, às 19h, a exposição “Moderna Para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú”. Um total de 86 imagens assinadas por pioneiros na produção da fotografia moderna no Brasil, como José Oiticica Filho, Marcel Giro, German Lorca, Thomaz Farkas, José Yalenti e Geraldo de Barros chegam a Porto Alegre; trata-se de uma mostra que apresenta recorte da Coleção Fotografia Modernista Brasileira Itaú que, com cerca de 100 obras , tem como fonte principal a Escola Paulista do Foto Cine Clube Bandeirante. A iniciativa é resultado da parceria do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com o Itaú Cultural. Com curadoria do fotógrafo Iatã Cannabrava, a exposição remonta aos anos 40 a 70 do século passado, quando na esteira do modernismo europeu e americano da década de 20, os artistas brasileiros entraram na discussão sobre os limites da arte fotográfica. Em um total de 86 imagens, de 26 artistas, este recorte da coleção de fotografias do Itaú mergulha, sobretudo, no movimento fotoclubista brasileiro. Segundo Cannabrava, o fotoclubista brasileiro começou em São Paulo no Foto Cine Clube Bandeirante, fundado em 1939, e se alargou para os outros fotoclubes. Em geral era composto de amadores da fotografia que, livres das obrigações de um trabalho comercial, puderam experimentar e ousar quebrando regras e padrões. Serviço; Moderna Para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Museu de Arte do Rio Grande do Sul - Praça da Alfândega, s/nº - Tel: (51) 3227 2311. Abertura para convidados: 27 de julho,19h. De 28 de julho a 10 de outubro. 
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De terça-feira a domingo, das 10h às 19h. Entrada franca.

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