Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O amarelo da Carris - Carlos do Carmo


.
.
Blackskinfan | 14 de Abril de 2008
Português
Outra grande musica do Carlos do Carmo, desta vez é "O Amarelo da Carris" com belas imagens do transporte mais tradicional da capital e para Nós portugueses aprendermos a peservar esta beleza.

English
Another great Carlos do Carmo music, this time is "The Carris yellow" with beutifull pictures of the most tradicional transport in the capital and for We portugueses to learn to preservate this beauty.
.
.
 O amarelo da Carris - Ary dos Santos
.
.

O amarelo da Carris
vai da Alfama à Mouraria,
quem diria.
Vai da Baixa ao Bairro Alto,
trepa à Graça em sobressalto,
sem saber geografia.

O amarelo da Carris
já teve um avô outrora,
que era o xora???.
Teve um pai americano,
foi inglês por muito ano,
só é português agora.

Entram magalas, costureiras;
descem senhoras petulantes.
Entre a verdade, os peliscos e as peneiras,
fica tudo como dantes.

Quero um de quinze p'ra a Pampuia.
Já é mais caro este transporte.
E qualquer dia,
mudo a agulha porque a vida
está pela hora da morte.

O amarelo da Carris
tem misérias à socapa
que ele tapa.
Tinha bancos de palhinha,
hoje tem cabelos brancos,
e os bancos são de napa.
No amarelo da Carris
já não há "pode seguir"
para se ouvir.
Hoje o pó que o faz andar
é o pó (???)
com que ele se foi cobrir.

Quando um rapaz empurra um velho,
ou se machuca uma criança,
então a gente vê ao espelho o atropelo
e a ganância que nos cansa.
E quando a malta fica à espera,
é que percebe como é:
passa à pendura
um pendura que não paga
e não quer andar a pé.

Entram magalas, costureiras;
descem senhoras petulantes.
Entre a verdade,
os peliscos e as peneiras,
fica tudo como dantes.
Quero um de quinze p'ra a Pampuia.
Já é mais caro este transporte.
E qualquer dia,
mudo a agulha porque a vida
está pela hora da morte.
.
.
http://www.lyricstime.com/carlos-do-carmo-o-amarelo-da-carris-lyrics.html
.
.

Sem comentários: