Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 13 de julho de 2010

Mostra celebra mistura de técnicas antigas e novas de fotografia



13 de julho de 2010 | N° 16395

ARTES

Uma nova revelação

Mostra celebra mistura de técnicas antigas e novas de fotografia

Durante a abertura da exposição Muito Mais do que Uma Imagem em Papel..., nesta sexta-feira, às 19h, o banheiro da 72 NY Gallery, na Capital, será transformado em um laboratório fotográfico. É lá que Gustavo Razzera vai revelar fotos de personalidades convidadas, captadas na hora, em uma espécie de “fotoperformance” que lembra os retratos feitos por Andy Warhol.

Depois, as imagens serão digitalizadas e impressas. Essa mistura de tecnologia e técnicas antigas de fotografia dá o tom – por vezes sépia, por vezes um colorido exuberante – da mostra, que reúne diversos artistas.

O curador André Venzon, que também participa da exposição, separou as imagens em três segmentos. Um deles é composto pelos sete participantes do grupo Espírito dos Sais, criado pelo fotógrafo Luiz Achutti para explorar, em uma estética atual, técnicas históricas de registro fotográfico, como a cianotipia, que utiliza papel com sais de ferro e dá origem a imagens de cor azul (daí o nome da técnica).

– O mercado da fotografia está em ascensão. Temos relatos de que, no Exterior, os processos antigos estão muito valorizados – diz Venzon.

Além do grupo de Achutti, haverá outros artistas convidados pela curadoria, utilizando técnicas diversas. Representam os demais segmentos da exposição, com imagens urbanas, de um lado, e do corpo e da figura humana, de outro. São 11 artistas (além da participação especial de Razzera) que vêm de áreas como fotografia de moda (Alexandre Godinho) e foto documental (Jean Schwarz).

– Há imagens feitas com diferentes processos, como montagem e impressão sobre tecido. Ao trazer artistas de formações diversas, queremos estimular outros tipos de olhar, mas sempre com um trabalho artístico. E, acima de tudo, contemporâneo. Não há nada de foto “antiga” – afirma Venzon.
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