Exposição “Recanto do Oceano”
Doce pedaço português de poesia, a ilha da Madeira imortaliza teimosamente a paisagem, a arquitectura, os costumes e tradições que perduram e persistem de uma forma imponente, afirmando com convicção uma identidade muito própria. . Embora geograficamente pequeno, este recanto do oceano revela uma infinitude de paisagem natural com vegetação exuberante, majestosas escarpas e arribas de rocha basáltica de cor escura, cujos mistérios naturais nos transportam ao passado e nos ajudam a reflectir a construção do presente. . Nesta exposição, procuramos retratar a beleza de uma ilha do Atlântico que apesar das circunstâncias dramáticas dos últimos acontecimentos, não afecta a memória de um romantismo idealizado e vivenciado entre o século XIX e XX numa selecção de 32 imagens da colecção Alcídia e Luís Viegas Belchior, pertencentes à Colecção Nacional de Fotografia do Centro Português de Fotografia. Madeira, Funchal – S.S. “Scot” | CNF 3450/Colecção Alcídia e Luís Viegas Belchior | © CPF-DGARQ/MC Exposição patente na Sala Joshua Benoliel do CPF (2º piso) até 22 de Maio.
Instalação “Sussurro” de Henrique Silva
As sociedades organizadas satisfazem a necessidade social da espécie humana acumulando grupos que se identificam como entidades congénitas institucionais levadas ao paradigma da escala de poder onde uns são mais que outros. . Que espécie humana permite essa escala que pejora a relação saudável da sociedade onde está sujeita a necessidade de presença do semelhante, como um castigo, e onde a quietude não tem lugar... . Essa é a razão da aglutinação nas grandes cidades, onde o espaço vital se deteriora, por um lado pela exiguidade da liberdade de movimentos, e por outro pelo número de regras indispensavelmente estabelecidas para salvaguardar o controle dos direitos do poder sob a capa da salvaguarda da igualdade de direitos... . Quem o permite, esse poder, senão essa mesma sociedade que, faminta da presença das “massas” no seu círculo, consente subjugar-se a critérios ditados por alguns, em detrimento do próprio círculo onde se inscreve cada sociedade, perdendo assim características e identidades que são próprias a cada círculo. . Não será essa a maior maldição da espécie humana? Henrique Silva | Novembro 2008 © Henrique Silva Instalação apoiada pela Moldarte Póvoa, Museu Bienal Cerveira e Projecto N.D.C. patente na Sala de Reuniões do CPF (2º piso) até 25 de Julho. Exposição “Resistência. Da Alternativa Republicana à Luta contra a Ditadura (1891-1974)” A República que se instaurou há cem anos atrás está na origem da democracia em que vivemos. A construção da democracia teve um contributo essencial das lutas dos republicanos contra a Monarquia e, depois de 1910, em defesa da República. Em 1926, ela caiu às mãos dos militares autoritários. . Implantou-se em Portugal uma longa ditadura de 48 anos. Durante esse quase meio século, houve sempre quem resistisse: quem lutasse contra a opressão, e quem tivesse enfrentado corajosamente a repressão dos direitos e a negação das liberdades: republicanos, anarquistas, comunistas, socialistas, católicos progressistas, democratas de todas as cores, incluindo alguns monárquicos. Uns organizaram revoltas armadas, outros foram resistindo no dia a dia. Nesta exposição, procuramos retratar rostos, gestos, momentos da vida desses portugueses cuja resistência e luta é, de forma decisiva, responsável pela nossa liberdade. Os ideais em nome dos quais estes homens e estas mulheres lutaram foram muito diversos e, muitas vezes, contraditórios. Lisboa, Revolução Republicana de 5 de Outubro de 1910 | Fundo Aurélio da Paz dos Reis, APR 1775 | © Centro Português de Fotografia/DGARQ/MC Núcleos I Sant’Ana - A Caminho da República 1891-1910 II Pátio – O 5 de Outubro III Senhor de Matosinhos - Implantar e defender a I República 1910-18 IV Santo António – Restauração e Fim da I República 1918-26 V Santa Teresa - A Ditadura e o Reviralho 1927-31 VI Átrio das Colunas - Uma Ditadura para durar 1932-34
VII Sala das Colunas – Resistir 1934-58
VIII Átrio do Tribunal – O Furacão Delgado 1958-62
IX Sala do Tribunal – Da Guerra Colonial ao 25 de Abril de 1974 Esta exposição é organizada pela Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República (www.centenariorepublica.pt) e comissariada por Tereza Siza e Manuel Loff. A exposição estará patente até 5 de Outubro. Horário: 3ª a 6ª - 10h às 12h30 | 15h às 18h
Sábados, Domingos e Feriados - 15h às 19h
Entrada Livre Centro Português de Fotografia/ Direcção-Geral de Arquivos
Edifício da Cadeia da Relação do Porto
Campo Mártires da Liberdade - Porto
Telf: 222 076 310 | Fax 222 076 311
www.cpf.pt
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