Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Professora é admiradora da obra de Mancuso



Pioneiro - Caxias do Sul

31/05/2010 | N° 10753

CHEGADA DO TREM

A importância de Domingos Mancuso na arte fotográfica está reconhecida na obra Dicionário Histórico-Fotográfico Brasileiro. O trabalho de pesquisa, elaborado por Boris Kossoy e concluído em 2000, cita profissionais que atuaram no mercado brasileiro no período de 1833-1910.

A publicação veiculada em dimensão nacional, mencionando a trajetória de Mancuso, se deve, em parte, pelo esforço preservacionista tutelado pela equipe do AHMJSA. A professora Susana Storchi, colaboradora de Kossoy e responsável pela Fototeca, demonstra intimidade sobre a biografia do fotógrafo radicado em Caxias.

Conforme Susana, Domingos Mancuso nasceu na Sicília, Itália, em 4 de dezembro de 1885. Com apenas dois, emigrou para o Brasil. A técnica fotográfica foi aprimorada no conceitual ateliê de Virgílio Calegari, em Porto Alegre, em 1907. No entanto, Mancuso encontrou mercado para seu trabalho em Caxias do Sul.

No ano passado, num trabalho conjunto entre o Museu Municipal e o Arquivo Histórico, realizou-se uma mostra fotográfica.

– Idealizamos uma forma de homenagear o legado de Domingos Mancuso. Ao mesmo tempo, possibilitou-se exibir para os admiradores da história a riqueza de um acervo fotográfico raro, que resgata a Caxias antiga, numa nostálgica estética urbana – acentua Susana.

Domingos Mancuso casou-se com Cecília Fonini em julho de 1909. O casal teve sete filhos: Caetano, Rubi, Rômulo, Reno, Carmela, Clemente e Ciro. Mancuso morreu no dia 5 de maio de 1942.

PIONEIRO.COM

Ouça o relato da professora Susana Storchi sobre a importância da preservação do negativo em vidro da obra de Mancuso. A peça é um dos mais importantes documentos da história de Caxias do Sul.

Sem comentários: