Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

coretos 44 - Porto - Jardim da Cordoaria

 * Victor Nogueira


Jardim da Cordoaria  -  Mais conhecido por Jardim da Cordoaria, este jardim é denominado de Jardim João Chagas desde 1924. O nome por que é mais conhecido, deve-o à actividade dos cordoeiros que estiveram instalados neste lugar – na cordoaria nova – durante cerca de 200 anos. Com efeito, na Idade Média neste lugar situava-se o Campo do Olival que albergou a Cordoaria do Bispo. O Campo era formado por uma vasta área de oliveiras que se estendiam até ao Carregal, Carmo e Praça Carlos Alberto.

No século XVII começou a urbanizar-se este antigo subúrbio e em 1611 parte do antigo Campo transformou-se numa alameda – Alameda dos Olivais. Era na altura um lugar de feiras diárias. Uma das feiras aí realizadas, a feira de S. Miguel, em 1876, muda-se da Cordoaria para a Praça da Boavista, hoje Praça Mouzinho de Albuquerque.

No século XIX a Câmara decidiu transformar a Praça da Cordoaria num passeio público.

O paisagista alemão Emílio David, envolvido na concepção de outros espaços verdes da cidade, nomeadamente do Palácio de Cristal e Passeio Alegre, é o autor do projecto de ajardinamento, executado em 1865/1866. Com plantas raras em redor de um lago, várias estátuas, bancos e coreto, este jardim, característico dos jardins românticos do século XIX, foi considerado na época um jardim botânico. Passou a ser muito frequentado pela burguesia da cidade, até ao início do século XX.

Em 1941 um violento ciclone devastou o jardim, que posteriormente foi replantado. Em 2001, no âmbito do Porto 2001, Capital Europeia da Cultura, este jardim sofreu nova remodelação.

in História – Jardim da Cordoaria | Rádio Portuense

foto em 1998.06.11 (rolo 355)


VER  Porto - Praça do Marquês - coreto

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