Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

fontenários e chafarizes 26 - Vila Nogueira de Azeitão e Aldeia Rica

 * Victor Npogueira

De realçar em Vila Nogueira de Azeitão, na circunvizinhança do Paço dos Duques de Aveiro, a Fonte do Concelho, junto ao Palácio de Salinas e, mais para ocidente, a Fonte da Aldeia Rica,  



Vila Nogueira de Azeitão (Aldeia Rica) - Chafariz na Rua do Fisco

À saída de Vila Nogueira de Azeitão, na estrada que conduz a Sesimbra, encontra-se de notável, o terceiro chafariz mandado fazer pelo juiz Agostinho Machado de Faria, datado do século XVI. Decorado por um painel maneirista, com oito figuras em baixo-relevo, esculpidas em mármore de Estremoz. O conjunto esculpido tem como elementos figurativos medalhões, pombas, anjos e cordeiros, que tanto podem simbolizar Cristo como São João Baptista, bem como, ainda elementos de adoração pagã.

Segundo José Cortez Pimentel este baixo-relevo fazia parte de um conjunto de três painéis e pertenciam à tribuna que os duques de Aveiro tinham na igreja dominicana, que comunicava diretamente com a ala sul do paço ducal.

Do conjunto dos três painéis, um dos quais se encontra na Quinta da Aiana de Baixo, entre Alfarim e a lagoa de Albufeira (Sesimbra), enquanto o outro estava sobre o portão de entrada da Quinta da Arca d’ Água, em Alferrara, donde foi vendida para um antiquário, passando depois para a Coleção particular do Banqueiro Jorge de Brito.

O conjunto esculpido tem como elementos figurativos medalhões, pombas. anjos e cordeiros, que tanto podem simbolizar o Santíssimo como São João Baptista, como ainda elementos de adoração pagã. (*)





Fonte do Concelho Inventariado pela DGPC/SIPA - Sistema de Informação para o Património Arquitetónico, com o Nº IPA.00010125, a Fonte do Concelho, situava-se dentro do limite da Quinta da Nogueira, frente ao local onde foi construída a Casa de Campo de D. Constança, hoje conhecida por Palácio do Salinas. Localiza-se no mesmo sítio onde foi erigida, desde 1698, na Praça 5 de Outubro, outrora denominada por Largo Salinas, espaço público que já pertenceu aos jardins do referido palácio. A fonte está ornamentada com o escudo português e junto a ela está plantada uma grande e antiga nogueira, árvore evocadora das origens da vila.  (**)


Fontanário em Vila Nogueira de Azeitão/Chafariz dos Pasmados Classificado como Imóvel de Interesse Municipal nos termos do Decreto n.º 129/77, DR, I série, n.º 226, de 29 de setembro de 1977.  A construção do chafariz de Vila Nogueira de Azeitão é do século XVIII, foi impulsionado pelo Juiz de Fora Agostinho Machado de Faria, que se destacou pelo seu dinamismo à frente do cargo, com uma intensa atividade em prol do desenvolvimento e progresso da comunidade azeitonense. Também designado por "Chafariz dos Pasmados", foi projetado seguindo as regras de um formulário barroco tardio, influenciado esteticamente por obras da mesma natureza da cidade de Lisboa desenhadas por Carlos Mardel. (**)


FONTES
(**)  

Azeitão


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